A 15ª Jornada de Dança da Bahia, que se estende até este domingo, 23, em Salvador, Bahia, reúne artistas de diversas nacionalidades para celebrar o legado de Isadora Duncan sob o tema "Danço o que sou". O evento promove diálogos sobre identidade, formação e a história da dança moderna, com a participação de artistas do Brasil, Estados Unidos, Espanha e Uruguai.
Em entrevistas coletivas, a mestra norte-americana Lori Belilove, referência mundial na técnica de Isadora Duncan, destacou a importância de sua presença em Salvador, afirmando que a experiência é como um "sonho se tornando realidade". A receptividade do público brasileiro e a interação cultural foram enfatizadas como aspectos fundamentais da sua visita. "É mágico ver Isadora presente aqui e a luz que sua obra traz para tantas pessoas", comentou Belilove, referindo-se ao impacto espiritual da dança.
A diretora da Jornada de Dança da Bahia, Fátima Suarez, ressaltou a relevância da técnica de Duncan, especialmente na formação de jovens bailarinos. Segundo ela, a técnica promove a expressão individual e a conexão com a natureza. "Isadora foi uma revolucionária que transformou a dança em arte", disse Suarez, enfatizando sua contribuição para o avanço da dança moderna.
No Fórum de Educadores de Dança, o bailarino Guego Anunciação refletiu sobre a relação entre dança e identidade, defendendo que a arte deve sempre se originar da essência de cada artista. Ele enfatizou o papel político das novas gerações na dança contemporânea e a importância de discutir questões sociais relacionadas à arte. "Estamos vivendo um momento bonito na dança, explorando novas formas e temas que refletem o mundo atual", afirmou.

