A advogada Tabita Gomes, de 36 anos, foi agredida e mantida em cárcere privado por 20 horas após decidir terminar o relacionamento com seu namorado, David Evangelista, em Salvador, na Bahia. Em relato à imprensa, ela descreveu momentos de terror e abuso físico, afirmando que ele a ameaçou de morte.
Segundo Tabita, o relacionamento, que durou três meses, inicialmente parecia promissor, mas se deteriorou quando começou a notar sinais de agressividade por parte de David. O episódio de violência começou após uma estadia em um hotel, quando, sentindo-se indisposta, ela se recusou a manter relações sexuais e decidiu terminar o namoro.
Nessa ocasião, David assumiu o controle do veículo de forma agressiva, realizando manobras perigosas e ameaçando sua vida. A advogada relatou que respondeu a um amigo por mensagem durante as agressões no carro, o que provocou ainda mais a fúria do agressor. Ele a agrediu fisicamente, enquanto dirigia, resultando em ferimentos visíveis.
Após as agressões, Tabita foi levada para casa de David, onde foi mantida em cárcere e forçada a adotar uma posição desconfortável sob ameaças constantes de mais violência. Apesar da tortura física e psicológica, ela conseguiu escapar e retornar para casa, onde encontrou seus familiares aflitos a sua procura.
A vítima já tinha conhecimento de comportamentos violentos anteriores, mas o agressor sempre prometeu que mudaria. Porém, ele se tornava cada vez mais ameaçador, especialmente ao perceber a possibilidade de um fim no relacionamento.
A situação tomou uma nova dimensão após Tabita registrar uma ocorrência na Casa da Mulher Brasileira, onde forneceu depoimentos e provas das agressões. A Polícia Civil foi acionada, mas David já havia fugido do endereço informado. A advogada também realizou exames de corpo de delito e aguarda o andamento das investigações.

