O filme de terror psicológico da Netflix que vai tirar seu sono, Baramulla, retrata a investigação de um delegado sobre o desaparecimento de crianças em uma cidade gelada da Caxemira. Com direção de Aditya Suhas Jambhale, a produção, que já alcançou o TOP 10 da plataforma, mistura elementos de terror, drama e crítica social ao explorar traumas coletivos da região.
O protagonista, Ridwaan Shafi Sayyed (interpretado por Manav Kaul), é enviado à cidade de Baramulla e, junto à sua família, enfrenta forças sobrenaturais que colocam em risco não só sua vida, mas também a de toda a comunidade local. A trama investiga segredos familiares e fenômenos inexplicáveis, criando uma atmosfera densa que cativa o público.
Desde sua estreia, Baramulla tem sido destacado por sua narrativa inquietante, utilizando uma fotografia fria e paisagens nevadas que reforçam a sensação de isolamento e melancolia. O longa se destaca por abordar os efeitos da guerra e do deslocamento forçado na Caxemira, refletindo sobre o êxodo dos Pandits, minoria hindu expulsa da região.
Obtendo influências de clássicos do horror moderno, a produção também se inspira em tradições do folclore indiano, utilizando simbolismos poéticos que abordam luto e memória. A combinação de horror e espiritualidade oferece uma nova perspectiva sobre as crenças coletivas e os medos da sociedade indiana contemporânea.
Embora alguns elementos da história lembrem eventos reais, Baramulla é uma obra de ficção, desenhada para usar o desaparecimento de crianças como uma metáfora para o trauma coletivo vivido na Caxemira. A intenção dos roteiristas é valorizar mitos e histórias populares pouco exploradas pelo cinema moderno.

