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Bronzeamento artificial altera DNA da pele e triplica risco de melanoma

Estudo revela que bronzeamento artificial altera o DNA da pele, aumentando mutações e triplicando o risco de melanoma, o câncer de pele mais grave.
Por Redação
Bronzeamento artificial altera DNA da pele e triplica risco de melanoma

O procedimento pode prejudicar a pele -

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A busca por um bronzeado perfeito pode esconder um perigo invisível e grave para a nossa saúde. Embora as câmaras de bronzeamento artificial sejam proibidas no Brasil, muitas pessoas ainda arriscam a saúde da pele ao usá-las. Um estudo recente, liderado por cientistas da Universidade Northwestern Medicine, nos Estados Unidos, acendeu um alerta vermelho: a exposição a essas máquinas causa danos profundos no DNA da pele, abrindo portas para o tipo mais agressivo de câncer.

Os pesquisadores descobriram que as câmaras de bronzeamento artificial não só afetam a base molecular da nossa pele, como também aumentam significativamente as mutações nos melanócitos. Essas células são as responsáveis pela produção do pigmento da pele e, infelizmente, são justamente onde o melanoma, a forma mais perigosa de câncer de pele, começa a se desenvolver.

Um risco três vezes maior

Pessoas que fazem bronzeamento artificial frequentemente enfrentam um risco quase três vezes maior de desenvolver melanoma do que aquelas que se expõem ao sol sem proteção. É um dado chocante que nos faz repensar a busca por uma pele dourada a qualquer custo. O risco é tão sério que a própria pesquisa aponta um dado alarmante: 5,1% das mulheres que usam essas camas de bronzeamento artificial tiveram resultados positivos para melanoma, em comparação com apenas 2,1% entre as que nunca utilizaram as máquinas.

“Mesmo na pele normal de pacientes que se bronzeiam em câmaras de bronzeamento artificial, em áreas sem pintas, encontramos alterações no DNA que são mutações precursoras ao melanoma. Isso nunca havia sido demonstrado antes”, explicou o dermatologista Pedram Gerami, principal autor da pesquisa.

Essa fala do Dr. Gerami é crucial. Ela mostra que o dano não é apenas naquelas pintinhas suspeitas, mas em toda a pele exposta. As alterações no DNA são como sementes para o câncer, plantadas silenciosamente a cada sessão de bronzeamento.

A mensagem é clara: por mais que a ideia de um bronzeado rápido e fácil seja tentadora, os riscos para a saúde são imensos e duradouros. Cuidar da pele é prioridade, e isso inclui evitar práticas que comprovadamente comprometem nosso DNA e aumentam as chances de desenvolver doenças tão sérias como o melanoma.