A estatal dos Correios enfrenta um cenário crítico, com um prejuízo acumulado de R$ 4,3 bilhões em 2025. Nos próximos dias, a empresa busca levantar ao menos R$ 10 bilhões em até 15 dias para reequilibrar suas contas e retomar a capacidade operacional. Segundo informações do jornal O Globo, a direção da companhia, liderada por Emmanoel Rondon, prevê obter o montante por meio de um empréstimo com garantia da União até o final deste mês.
Este valor corresponde à metade dos R$ 20 bilhões inicialmente projetados, o que exigiu uma reavaliação da estratégia após as instituições financeiras apresentarem altas taxas na primeira rodada de negociações. A obtenção desse empréstimo é essencial para implementar um programa de saneamento das despesas dos Correios, com ênfase na redução de gastos com pessoal.
Entre as medidas previstas, destaca-se a proposta de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) visando o desligamento de até 10 mil funcionários. No último PDV, apenas 3,6 mil dos 8 mil interessados concretizaram a adesão. A nova administração acredita que será necessário oferecer condições mais atraentes para atingir a meta desejada, com o objetivo de reduzir a folha salarial em R$ 2 bilhões por ano.
Os números financeiros são alarmantes: entre abril e junho, a estatal registrou prejuízo de R$ 2,6 bilhões, quase cinco vezes o valor do mesmo período do ano anterior, que foi de R$ 553,1 milhões. Adicionalmente, o prejuízo mensal é estimado em cerca de R$ 750 milhões.

