No dia 9 de dezembro, o deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) ocupou a cadeira da presidência da Câmara dos Deputados em uma tentativa de barrar a votação do Projeto de Lei da Dosimetria, que objetiva a redução das penas para aqueles envolvidos em ataques contra a democracia. Após insistir em permanecer no posto, o parlamentar foi retirado à força por policiais legislativos, gerando um clima de tensão no plenário.
Durante sua permanência na mesa diretora, Glauber proferiu um discurso em defesa de sua atitude, sendo apoiado, inclusive, pela sua esposa Sâmia Bomfim (Psol-SP), que tentou protegê-lo da intervenção policial. A ação controversa gerou críticas entre outros deputados presentes no local, enquanto a transmissão ao vivo da TV Câmara foi interrompida.
A situação levou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a se tornar alvo de críticas, embora não estivesse presente durante o incidente. Glauber Braga, por sua vez, expressou desapontamento com o tratamento recebido, comparando-o com a abordagem a aqueles que houveram sequestrado a mesa diretora anteriormente.
“Quando a voz do povo é arrancada à força, é a democracia que sangra”, afirmou Braga, enfatizando a importância da transparência e da justiça.
Além da confusão, a possibilidade de cassação do mandato de Glauber foi levantada, com um parecer favorável à medida já elaborado pelo deputado federal Paulo Magalhães (PSD). A proposta deverá ser discutida em uma futura reunião da Casa.

