Moradores e visitantes que passaram pelo Dique do Tororó, um dos cartões-postais mais queridos de Salvador, na Bahia, foram surpreendidos por uma cena alarmante na manhã desta sexta-feira, dia 19. Centenas de peixes foram encontrados mortos, boiando na superfície da famosa lagoa urbana, espalhando um forte cheiro de decomposição por toda a área.
As imagens do triste cenário se espalharam rapidamente pelas redes sociais, gerando grande preocupação sobre a saúde ambiental do Dique. O mau cheiro podia ser sentido a metros de distância, indicando a gravidade do problema.
Inema envia equipe para investigar a causa das mortes
Diante da repercussão do caso, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) agiu rapidamente. O órgão ambiental informou que tomou conhecimento da situação logo cedo e enviou uma equipe técnica ao local. O objetivo é realizar um monitoramento detalhado da água, com foco especial na verificação dos níveis de oxigênio dissolvido. A falta de oxigênio é, muitas vezes, a principal causa para mortes em massa de peixes em ambientes aquáticos.
A previsão é que os resultados das análises técnicas do Inema sejam concluídos e divulgados ainda nesta sexta-feira. O instituto afirmou que continuará acompanhando a situação de perto e tomará as medidas necessárias, baseando-se nos dados coletados, e manterá a população informada sobre os próximos passos.
Conder explica sua atuação no local
A Conder, empresa responsável pela manutenção do Dique do Tororó, também se manifestou por meio de uma nota. Segundo a companhia, os dois aerogeradores instalados nas águas da lagoa estão funcionando normalmente. Esses equipamentos são importantes para ajudar a oxigenar a água, essencial para a vida aquática do local.
A Conder esclareceu ainda que sua responsabilidade se concentra na manutenção física do espaço, o que inclui o solo ao redor e a conservação das famosas esculturas dos Orixás que adornam o Dique. No entanto, a empresa ressaltou que o monitoramento da qualidade da água, ou seja, a fiscalização dos níveis de oxigênio e outros indicadores, não faz parte de suas atribuições.
A comunidade agora aguarda os resultados das análises do Inema para entender o que realmente aconteceu e quais providências serão tomadas para garantir a saúde do Dique do Tororó e de sua vida aquática.

