A Justiça da Bahia decretou a conversão da prisão temporária em prisão preventiva de oito pessoas, entre elas o ex-vereador de Feira de Santana, Oyama Figueiredo, investigadas por envolvimento em uma organização criminosa dedicada à grilagem e comercialização ilegal de imóveis. A decisão ocorreu após insistência do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
Os suspeitos estavam detidos desde 26 de novembro, quando foi deflagrada a Operação Sinete. Agora, permanecerão no Conjunto Penal de Feira de Santana por tempo indeterminado, segundo a Justiça. A defesa de Oyama Figueiredo refutou as acusações, alegando mal-entendidos nas investigações.
Além do ex-vereador, outras sete pessoas estão sob investigação, incluindo empresários da construção civil, policiais civis e militares, servidores cartorários e advogados. As investigações tiveram início após denúncias ao MP-BA sobre um possível esquema de ocupação ilegal de terras públicas, onde o grupo era acusado de intimidar proprietários, falsificar documentos e realizar vendas irregulares através de registros fraudulentos.
O esquema era composto por três núcleos: um cartorário, que fornecia a documentação para legitimar as fraudes; um policial, que garantiu proteção armada e coações contra as vítimas; e um empresarial e jurídico, responsável pela viabilização das transações ilegais.
A Justiça também estabeleceu medidas cautelares para outros 11 investigados, que incluem comparecimento periódico em juízo, proibição de acesso a cartórios, restrições de saída da comarca e uso de tornozeleira eletrônica, além de sanções profissionais.

