A maior feira de agropecuária do Norte e Nordeste, a Fenagro 2025, que ocorre de 29 de novembro a 7 de dezembro no Parque de Exposições, destaca o talento e a resiliência de mulheres artesãs baianas. Histórias de superação e força dos artesãos são apresentadas através das suas obras, como no caso de Zenobia Villas Gonçalves, de 62 anos, que percorreu cerca de 300 km desde Capim Grosso para expor seus trabalhos em couro. Zenobia, que aprendeu o artesanato com sua mãe desde a infância, destaca a relevância da arte na sua vida, especialmente após enfrentar sérios problemas de saúde.
“Apesar de eu ter 62, o meu espírito é de 20 anos, e eu quero viver mais, se Deus me permitir. O artesanato ajuda muito a gente”, relatou Zenobia, que devido a sua trajetória de superação, busca transmitir essa força em cada peça que cria.
Outra artesã, Viviana dos Santos, de Salvador, celebra sua primeira participação na Fenagro. Ela encontrou sua vocação no artesanato utilizando fibras de sisal e juta, materiais bem adaptados ao semiárido, após sentir um chamado divino para começar a trabalhar com essas matérias-primas. “Eu dedico a minha vida, o meu tempo, para que as pessoas tenham um pouquinho de mim e da história da Bahia”, contou Viviana.
Dona Angélica, de 67 anos, também faz parte desse universo artesanal. Após se aposentar de sua carreira bancária há oito anos, decidiu encarar o desafio do artesanato, ampliando suas habilidades desde a confecção de panos de prato até bolsas e joias. Estar presente na Fenagro, segundo ela, é uma oportunidade de mostrar seu crescimento e aprendizado.
Essas artesãs, com diferentes idades e trajetórias, representam a força e a diversidade das mulheres que transformam o artesanato em uma forma de vida e uma expressão de suas histórias, compartilhando um pouco da cultura baiana através de suas criações.