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Festival Mínimos Óbvios em Salvador: arte, ciência e cultura até 28 de novembro

Festival Mínimos Óbvios, que mistura arte e ciência, começa hoje em Salvador, com programação gratuita até 28 de novembro.
Por Redação
Festival Mínimos Óbvios em Salvador: arte, ciência e cultura até 28 de novembro

Festival reafirma nesta edição seu papel como plataforma de criação -

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Nesta quarta-feira, 26, Salvador, na Bahia, recebe a quarta edição do Festival Mínimos Óbvios, um evento gratuito que mistura ritmos, arte e ciência, idealizado pelo ATeliê voadOR. O festival ocorre até sexta-feira, 28, na Casa Rosa, no Rio Vermelho, e tem como tema “Histórias Dissidentes: Arquivar, Amar, Inventar”.

O festival, já consolidado como uma plataforma de experimentação e reflexão em arte, gênero e dissidência, reafirma seu papel na celebração da potência queer nas artes e na pesquisa. Com uma proposta de transformar o encontro entre ciência, cena e afeto, a programação busca construir uma cartografia de (re)existências.

A agenda é totalmente gratuita e aberta ao público, com palestras, mesas performativas (long tables) e encontros artísticos que exploram a política do íntimo, as múltiplas identidades e as estratégias de resistência que permeiam a cena queer contemporânea. Detalhes podem ser acompanhados no perfil @atelievoadorteatro no Instagram.

Djalma Thurler, um dos idealizadores, ressalta que a combinação de arte, ciência e afeto é essencial. Ele destaca que a epistemologia queer na América Latina propõe modos de conhecimento que emergem das experiências corporais e dos laços comunitários, enfatizando a necessidade de um diálogo entre ciência e arte.

“Só produziremos pensamento queer robusto no Brasil se permitirmos que a ciência se deixe afetar e que a arte se reconheça também como forma de conhecimento”, diz Thurler.

A programação começa com a conferência e o lançamento do livro A Audácia dos Invertidos do jornalista Rodrigo Faour, que traz à tona figuras importantes do movimento LGBTQI+ no Rio de Janeiro. O festival também promove long tables, onde artistas e pesquisadores discutem a intersecção entre raça, classe, gênero e sexualidade nas vivências LGBTQIAPN+, com convidados notáveis como a atriz Verónica Valenttino e a diretora Ines Bushatsky.

No encerramento, uma palestra do poeta e pesquisador mexicano César Eduardo Gómez Cañedo, seguida pela Carnavalização, promete integrar artistas e o público em um espaço de interação e celebração.

O Mínimos Óbvios é realizado em parceria com o NuCuS/UFBA e conta com o apoio da CAPES, enfatizando a diversidade e a amplitude das narrativas queer, além de abordar os desafios enfrentados, especialmente no campo institucional.