O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), comentou sobre a operação "Freedom", realizada pelas forças de segurança do Estado em 4 de outubro, que resultou na prisão de 38 pessoas e uma morte. Jerônimo afirmou que essa operação não foi uma resposta à megaoperação "Contenção", ocorrida no Rio de Janeiro na semana anterior, a qual resultou em mais de 120 mortes, incluindo quatro policiais.
Em entrevista ao UOL, o petista destacou que a operação na Bahia estava sendo planejada há pelo menos um ano, afirmando:
“Não é uma resposta à operação no Rio de Janeiro.”
Jerônimo enfatizou que, embora o Estado precise ter um controle firme sobre a segurança, é fundamental garantir o direito de ir e vir das pessoas. Ele ressaltou que a estrutura do governo deve funcionar em várias frentes para lidar com a questão da segurança pública.
O governador baiano também abordou as declarações do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), que insinuou que a violência na capital fluminense se deve à influência de facções oriundas de outros estados, como a Bahia e o Ceará. Em resposta, Jerônimo afirmou que a segurança pública é um problema nacional e não é correto culpabilizar governadores de outros estados:
“O problema é nacional e não ouso apontar que a culpa seja de São Paulo ou do Rio de Janeiro.”
Por fim, Jerônimo expressou sua esperança de que a megaoperação do Rio não tenha sido um movimento eleitoral às custas de comunidades inocentes. Ele anunciou que aguarda uma investigação judicial para apurar a situação e comentava sobre o Projeto de Lei da Antifacção enviado pelo governo federal ao Congresso, que visa endurecer o combate às facções.

