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Luciano Huck é criticado por interferência na cultura indígena no Xingu

Luciano Huck é criticado por intervencionar na cultura indígena durante gravação na aldeia Kuikuro, no Xingu, gerando polêmica nas redes sociais.
Por Redação
Luciano Huck é criticado por interferência na cultura indígena no Xingu

Luciano Huck -

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Luciano Huck gerou controvérsias nas redes sociais após uma gravação realizada na aldeia Kuikuro, no Parque Indígena do Xingu, em Mato Grosso, onde fez orientações a indígenas sobre seu visual durante um programa de TV. Em um vídeo que viralizou, Huck foi criticado por afirmar: “É, limpa a cultura de vocês aí”, provocando uma onda de reações negativas.

O episódio se desenrolou quando imagens dos bastidores começaram a circular, e internautas não hesitaram em expressar seu descontentamento com a intervenção do apresentador. “Depois que mandou ‘limpar a cultura deles’ na hora da foto, deu tudo certo para o seu marketing?”, questionou um usuário do Twitter. Outro comentou sarcasticamente: “Conseguiram limpar a cultura?”.

Após a repercussão negativa, Huck se manifestou sobre o ocorrido, esclarecendo que possui uma longa relação com comunidades indígenas e que sempre defendeu seus direitos e culturas. Em uma declaração enviada ao colunista Lucas Pasin, afirmou: “Minha relação com as comunidades indígenas no Brasil atravessa décadas. Sou, e sempre serei, defensor dos povos originários, de sua cultura, de sua territorialidade e de sua preservação”.

O apresentador também justificou que as orientações vistas no vídeo eram parte do planejamento artístico do programa e não uma tentativa de impor limitações culturais: “Foi apenas uma decisão de direção de arte, um ajuste pontual dentro do contexto de um set de filmagem, nada além disso”.

Por sua vez, o líder indígena Kleber Karipuna, coordenador executivo da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), também comentou a situação. Ele expressou que a frase de Huck reflete uma visão estereotipada e romântica do indígena, onde a tecnologia é vista como uma ameaça à identidade. “Somos sujeitos de direitos. Podemos ter celular, carro, internet, universidade. Isso não nos faz perder a língua, a tradição, a cosmologia”, destacou o líder.