O Brasil da música popular perdeu, neste sábado, 20, uma de suas vozes mais marcantes: Lindomar Castilho. Conhecido carinhosamente como o “Rei do Bolero”, o cantor morreu aos 85 anos, deixando um legado de canções que embalaram gerações e marcaram a música brega brasileira com sua intensidade e romantismo.
A triste notícia foi confirmada por sua filha, Lili De Grammont, através de uma emocionante publicação nas redes sociais. A família, no entanto, não divulgou a causa específica da morte do artista, respeitando o momento de luto.
Lindomar Castilho foi um verdadeiro fenômeno nos anos 1970. Com sua voz potente, carregada de emoção e um estilo dramático que conquistava o público, ele se tornou um dos maiores vendedores de discos do país. Suas músicas, no ritmo envolvente do bolero e do samba-canção, falavam direto ao coração, com letras sobre amores impossíveis, desilusões profundas e paixões avassaladoras, elementos que o público abraçava com fervor.
Um legado de canções que transcenderam gerações
Entre os muitos sucessos que Lindomar Castilho eternizou, alguns se destacam e continuam na memória dos fãs. Quem não se lembra do clássico:
"Vou rifar meu coração, o meu coração
Que já não me serve de nada
Que já não me serve de nada"
Essa canção é um exemplo perfeito do estilo que o tornou famoso e que capturava a alma do ouvinte. Sua capacidade de transformar a dor e a alegria em melodia era única. Outro grande hit, “Você É Doida Demais”, ganhou uma nova vida anos depois, ao ser escolhida como tema de abertura da popular série “Os Normais”, exibida pela TV Globo entre 2001 e 2003. Essa escolha demonstrou como a obra de Lindomar Castilho conseguiu dialogar com diferentes públicos e épocas, provando a atemporalidade e a força de sua arte, que atravessou décadas mantendo sua relevância cultural.
O “Rei do Bolero” deixa um vazio inegável no cenário musical. Contudo, seu vasto repertório e sua interpretação singular continuarão vivos, tocando e emocionando todos aqueles que apreciam a verdadeira essência da música romântica popular brasileira, um testamento eterno de sua paixão pela arte.

