A série Tremembé, uma nova produção de true crime do Amazon Prime Video, tem atraído a atenção do público por sua narrativa impactante. Um aspecto que se destacou foi a alteração dos nomes de alguns dos criminosos retratados na obra, uma decisão estratégica visando minimizar riscos jurídicos.
De acordo com Lucas Ruiz Balconi, advogado e doutor em Direito pela USP, a modificação dos nomes é uma prática comum em produções audiovisuais, especialmente quando se lida com casos sensíveis. “A alteração ajuda a proteger a produção de eventuais repercussões legais, além de resguardar a privacidade dos envolvidos”, explicou.
Embora a série tenha mudado os nomes de figuras como Cássia, Raíssa e Luka, outras personalidades mais notórias, como Suzane von Richthofen e Alexandre Nardoni, mantiveram suas identidades reais. Isso ocorre porque os riscos legais podem ser diferentes com indivíduos cuja notoriedade já é conhecida nacionalmente.
Balconi enfatizou que, apesar da alteração dos nomes, os personagens da série são baseados em histórias reais, o que levanta questões sobre a representação da verdade e a ética em produções desse tipo. “A responsabilidade do produtor é grande, e é crucial encontrar um equilíbrio entre o direito à informação e à privacidade”, complementou o advogado.
Assim, a escolha de mudar os nomes reflete tanto a preocupação com questões legais quanto um respeito pela privacidade dos indivíduos retratados, em um cenário onde histórias de crimes reais são cada vez mais exploradas na mídia.

