Polícia

Operação Fogo Cruzado investiga sonegação de R$ 14 milhões na Bahia

Força-Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal prende empresário em Feira de Santana por liderar esquema que sonegou R$ 14 milhões ao Estado da Bahia.
Por Redação
Operação Fogo Cruzado investiga sonegação de R$ 14 milhões na Bahia

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Na terça-feira, 2, em Feira de Santana, na Bahia, a Força-Tarefa de Combate à Sonegação Fiscal deflagrou a Operação Fogo Cruzado, levando à prisão de um empresário acusado de liderar um esquema que sonegou R$ 14 milhões ao Estado. O grupo criminoso, que atuava no comércio varejista de armas e munições, é investigado por práticas que financiaram a expansão de empresas através da sonegação.

Durante coletiva de imprensa, o promotor de Justiça Cláudio Jenner explicou que as investigações sobre o esquema vêm sendo feitas há algum tempo. Segundo ele, a complexa estrutura empresarial foi criada para facilitar a sonegação. “Esse gerenciamento sonegador foi abrindo outras empresas em outros nomes”, afirmou.

Jenner ressaltou ainda que a fraude não apenas resulta em dívidas ao fisco, mas também cria uma concorrência desleal no setor. “O problema não é você dever ao fisco, mas sim criar uma dívida planejada. O que ocorre depois é um refinanciamento com dinheiro público, o que fere a concorrência”, explicou, destacando a inclusão de diversos alvos na investigação devido a este modelo.

A operação envolveu mandados de busca e apreensão nas cidades de Salvador, Feira de Santana, Irecê, Jussara e Coração de Maria. O promotor informou que, apesar de estarem na fase investigativa, algumas medidas cautelares já foram aplicadas para bloquear bens e recuperar os valores sonegados. “Haverá bloqueio de valores que serão revertidos ao Estado da Bahia”, afirmou.

O impacto da sonegação vai além dos números, afetando a capacidade do Estado de implementar políticas públicas essenciais, como segurança. “É um prejuízo para o Estado e para a população”, destacou Jenner.

As investigações também estão focadas na possível lavagem de dinheiro através do comércio de joias, prática que poderia estar sendo utilizada para ocultar os lucros da atividade ilícita. “Todos os dados obtidos até agora serão analisados e, dependendo dos resultados, novas ações poderão ser tomadas”, concluiu.