Fé e emoção marcaram o velório do padre Carlos Augusto da Cruz Silva, de 45 anos, realizado na segunda-feira, 10, no Cemitério do Campo Santo, na Federação, em Salvador. O sacerdote perdeu a vida no desabamento da laje de um imóvel na Mata Escura, uma tragédia que ocorreu na noite de sábado, 8, e resultou na morte de outras duas pessoas.
Durante o velório, familiares e devotos expressaram seu lamento pela partida do religioso, conhecido por sua alegria e dedicação às comunidades onde trabalhou. O irmão de Carlos Augusto, Fabrício Cruz da Silva, emocionou-se ao falar sobre o legado deixado pelo sacerdote, destacando suas obras e o impacto positivo que causou na vida das pessoas.
“A Bíblia diz que, quando a gente morre, Deus manda abrir as mãos para mostrar as obras. E a obra dele está aí, na casa, nas pessoas. Meu irmão foi um homem de obra”, contou Fabrício.
Fabrício sublinhou a natureza acolhedora do padre: “Foi um irmão que nunca deixou faltar nada em casa. Um rapaz amigo, alegre. Por onde passou, nas paróquias e comunidades, deixou alegria.” Ele também lembrou uma frase frequente do religioso sobre coragem e fé.
O padre Carlos Augusto ocupava o cargo de Vigário Episcopal para o Serviço da Caridade e era pároco da Paróquia Santos Cosme e Damião, localizada no bairro da Liberdade. Era amplamente reconhecido por seu trabalho social e sua dedicação a jovens e projetos comunitários.
A educadora Cássia Duarte, de 42 anos, fundadora do projeto Balé do Futuro Brilhante, enfatizou a relevância do sacerdote para a região: “Ele era um ser humano que deixou um exemplo, não só como líder religioso, mas como educador. Transformou a vida de muita gente, principalmente dos jovens.”
O acidente que resultou na morte do padre aconteceu enquanto ele visitava familiares na Mata Escura, quando a laje da casa cedeu. Carlos Augusto era considerado um líder espiritual muito querido e atuante dentro da comunidade.

