O pastor Ismael Lopes, da Frente Evangélica pelo Estado de Direito, foi agredido durante uma vigília em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele fez o exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e disse estar bem, "na medida do possível", embora tenha sofrido ferimentos leves.
A agressão ocorreu após o pastor discursar pedindo a condenação de Bolsonaro por suas ações durante a pandemia de Covid-19. Em sua fala, Lopes destacou a importância de justiça e responsabilização por atos considerados prejudiciais ao país. Ele direcionou críticas ao senador Flávio Bolsonaro, afirmando que "nós temos orado por justiça nesse país" e solicitando que o ex-presidente, que teria "aberto 700 mil covas durante a pandemia", fosse julgado e condenado.
Após seu discurso, Lopes foi empurrado e derrubado por apoiadores presentes no local. Em uma declaração à imprensa, ele comentou que sua intenção era fazer um discurso baseado na palavra de Deus, visando desacreditar a instrumentalização da fé cristã por alguns grupos políticos.
A vigília, que ocorreu em meio a um contexto de tensão política, foi citada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, como um dos fatores que justificaram a prisão preventiva de Bolsonaro. O evento, convocado por redes sociais, foi realizado mesmo após a violação da tornozeleira eletrônica do ex-presidente, levando Moraes a identificar um possível risco de fuga.