A recente liquidação do Banco Master provocou um abalo na confiança pública e institucional no Brasil. De acordo com um relatório da AtlasIntel, 94% dos brasileiros defendem a prisão do proprietário da instituição, Daniel Vorcaro, até que as investigações sejam concluídas.
O levantamento revelou que a crise do Banco Master é percebida como uma questão de alta gravidade, com 85,8% da população classificando o caso como "Muito grave" e 10,9% considerando-o "Grave". Além disso, 96,7% dos entrevistados demonstram preocupação com a gestão do banco e a falta de supervisão regulatória, questionando a eficácia do Banco Central, que gerou dúvidas sobre sua capacidade de fiscalização.
Outro dado significativo da pesquisa é a rejeição à decisão do ministro Dias Toffoli, do STF, de decretar sigilo nas investigações. Para 83,3% dos entrevistados, esse sigilo pode aumentar o risco de impunidade, evidenciando um forte sentimento favorável à transparência nas apurações.
A metodologia da pesquisa também mostrou que a maioria dos investidores não se relacionava diretamente com o Banco Master, com 90,4% deles utilizando corretoras para acessar seus produtos. Entre essas, a XP Investimentos se destacou, respondendo por 58,1% dos investimentos, seguida pelo BTG Pactual e NuInvest.
Quanto à percepção de risco, 73% dos entrevistados afirmaram estar cientes dos riscos ao investir em bancos pequenos que oferecem rendimentos elevados. Essa conscientização gerou divisões sobre o ressarcimento pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), com 35,3% dos respondentes acreditando que investidores acima do limite de R$ 250 mil devem assumir o prejuízo.
O impacto dessa crise afetará o comportamento futuro dos investidores brasileiros, com 26,6% afirmando que evitarão bancos medianos e 20,6% planejando diversificar suas carteiras. Essas reações ilustram uma tendência de busca por instituições financeiras mais consolidadas e seguras no país.

