Política

Salvador protesta contra o Congresso e o Projeto de Lei da Dosimetria

Manifestantes se reuniram em Salvador neste domingo, 14, para protestar contra o Projeto de Lei da Dosimetria e sua aprovação na Câmara dos Deputados.
Por Redação
Salvador protesta contra o Congresso e o Projeto de Lei da Dosimetria

Concentração começa no Cristo da Barra -

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Em Salvador, na Bahia, manifestantes se reuniram neste domingo, 14, no bairro da Barra para protestar contra a aprovação do Projeto de Lei da Dosimetria na Câmara dos Deputados. O ato, que teve início às 9h da manhã no Cristo da Barra, um ponto tradicional de manifestações na cidade, buscou criticar a redução das penas para pessoas condenadas pelos atos de 8 de Janeiro.

A mobilização na capital baiana faz parte de uma série de protestos que ocorrem simultaneamente em diversas cidades do país, como na Avenida Paulista, em São Paulo, onde grupos de esquerda também se manifestam neste domingo. Sob o lema “Congresso Inimigo do Povo”, os participantes expressaram sua insatisfação com o avanço do projeto, que favorecerá, entre outros, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal.

“O Congresso não nos deixa dormir, então também não daremos descanso. Domingo vamos para a rua pressionar contra a redução das penas dos golpistas”, afirmou uma convocação da Frente Povo Sem Medo, ligada ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos.

Os manifestantes também direcionaram suas críticas ao presidente da Câmara, Hugo Motta, que pautou o PL da Dosimetria. Além da contestação ao projeto, outras pautas foram levantadas, como o fim da escala de trabalho 6×1 e o combate ao feminicídio. Um levantamento realizado em setembro indicou que manifestações semelhantes reuniram mais de 40 mil pessoas em São Paulo, protestando contra a anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro.

O Projeto de Lei da Dosimetria, aprovado na última quarta-feira, altera as regras de progressão de pena, permitindo a mudança após o cumprimento de um sexto da pena, salvo exceções para crimes hediondos. Esta mudança poderá reduzir substancialmente a pena de Jair Bolsonaro, permitindo que ele cumpra menos tempo em regime fechado.

Após a aprovação na Câmara, o projeto segue para análise no Senado Federal, onde a base aliada já se articula para barrar o avanço da proposta. A votação no Senado está prevista para quarta-feira, 17.