O setor imobiliário e a construção civil têm um papel crucial no desenvolvimento sustentável, especialmente em contextos urbanos onde a verticalização se apresenta como uma alternativa viável. A construção de prédios permite uma melhor utilização do espaço, aumentando a oferta de habitações, escritórios e comércios em áreas reduzidas, contrastando com a expansão horizontal que demanda mais terras e compromete áreas verdes.
A verticalização, além de economizar espaço, reduz a necessidade de complexa infraestrutura urbana, como transporte, saneamento e energia, o que representa uma economia para os orçamentos públicos voltados a áreas essenciais como saúde e educação. Dessa forma, a verticalização sustentável emerge como estratégia para preservar o meio ambiente e criar cidades mais inteligentes e conectadas.
A adoção de práticas de construção que priorizam a sustentabilidade é possível. Tecnologias como o uso de materiais menos poluentes, sistemas de captação de água da chuva, reuso de água, energia solar e manejo eficiente de resíduos são exemplos de como o setor pode contribuir para a redução das emissões de carbono, mantendo a qualidade e conforto das edificações.
Em Salvador, na Bahia, a verticalização sustentável também se reflete em iniciativas que visam transformar o desenvolvimento imobiliário em melhorias coletivas. A arrecadação de IPTU a partir da Outorga Onerosa do Direito de Construir é direcionada ao Fundo Financeiro de Suporte às Políticas Públicas, assegurando que esse recurso beneficie diretamente a população em projetos de interesse social e infraestrutura, promovendo o desenvolvimento urbano sustentável.
Empreendimentos que atendem a certificações ambientais recebem incentivos financeiros que podem chegar a até 40% de redução na contrapartida da outorga. Essas medidas não apenas incentivam práticas construtivas responsáveis, mas também garantem a arrecadação necessária para investimentos públicos em melhorias urbanas.
Em resumo, a busca pela verticalização e desenvolvimento sustentável, conforme enfatizado por especialistas, é essencial para um crescimento que respeite a sustentabilidade. Cidades que adotam tais práticas se tornam mais resilientes, eficientes e equitativas, promovendo um futuro mais colaborativo entre crescimento econômico e bem-estar social.

