O artista plástico Vik Muniz estreia hoje sua maior retrospectiva da carreira, intitulada A Olho Nu, no Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC_Bahia). A exposição, com mais de 200 obras de diferentes fases de sua trajetória, será inaugurada às 17h e permanecerá em cartaz até 29 de março de 2026. A visitação é gratuita e terá início amanhã.
A mostra reúne trabalhos distribuídos em 37 séries, incluindo quatro obras inéditas: Queijo (Cheese), Patins (Skates), Ninho de ouro (Golden nest) e Suvenir #18. Segundo Muniz, a retrospectiva abrange quase 40 anos de carreira, refletindo seu desenvolvimento criativo desde os primeiros experimentos até a maturidade artística.
Um dos objetivos da exposição é proporcionar uma nova visão de sua trajetória e explorar como suas obras resistiram a mudanças de comportamento em relação à mídia. O artista afirma que isso permite uma reflexão mais abrangente sobre sua obra e ajudá-lo a direcionar projetos futuros.
A curadoria da mostra, feita por Daniel Rangel, não se limita ao MAC_Bahia. A exposição também ocupará o ateliê de Muniz, localizado no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, e a Galeria Lugar Comum, na Feira de São Joaquim, onde haverá uma instalação inédita.
Em sua abordagem, Vik destaca a importância da interação entre a obra e o espectador, que deve resultar em uma experiência única e de reflexão sobre o universo imagético contemporâneo. Além de obras já conhecidas, a exposição incluirá três peças que não haviam sido exibidas no Brasil: Oklahoma, Menino 2 e Neurônios 2.
Com uma vasta trajetória que explora a diversidade de materiais, a mostra também apresentará os primeiros trabalhos do artista, realizados antes de sua transição definitiva para a fotografia. A curadoria visa estabelecer um diálogo entre a produção de Muniz e a cultura popular, evidenciando sua abordagem que transforma elementos cotidianos em arte.
A exposição A Olho Nu representa não apenas a evolução artística de Vik Muniz, mas também sua relação íntima com a Bahia, onde mantém um ateliê e tem se envolvido na cultura local ao longo de mais de 25 anos. A mostra é vista como uma oportunidade única para o público conhecer um dos maiores artistas brasileiros com projeção internacional.