Política

Ano político de 2025 tem fogo, brigas e novos líderes na Bahia e Brasília

Em 2025, o cenário político baiano e federal foi palco de eventos marcantes: incêndio e brigas na Câmara de Salvador, uma mulher na presidência da Alba, e tensões no Congresso Nacional, moldando um ano de intensos debates e decisões.
Por Redação
Ano político de 2025 tem fogo, brigas e novos líderes na Bahia e Brasília

Obstrução que bolsonaristas fizeram na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados no início de agosto -

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O ano de 2025 foi daqueles que entraram para a história da política brasileira, tanto aqui na Bahia quanto lá em Brasília. Imagine: teve incêndio misterioso, briga com direito a mordida, eleição de uma mulher para um posto histórico e até o ex-presidente Bolsonaro no meio de uma confusão no Congresso. Foi um período de tirar o fôlego!

Fogo, briga e mordida: a Câmara de Salvador em chamas (literalmente)

A política na capital baiana começou o ano pegando fogo, e não é só uma forma de falar. No dia 24 de fevereiro, um incêndio assustou a todos na Câmara Municipal de Salvador (CMS). O fogo foi percebido logo depois de uma sessão que deu posse a novos vereadores. A confusão fez com que o Paço Municipal ficasse fechado por mais de três meses, reabrindo só em 2 de junho. Durante esse tempo, os vereadores se reuniram em outro lugar, o Centro de Cultura Vereador Manuel Querino.

Foi nesse local improvisado que outro episódio chocante aconteceu em 22 de maio. Durante uma votação sobre o aumento salarial dos servidores municipais, a sessão virou palco de uma grande confusão. Sindicalistas invadiram o plenário, tentando impedir a imprensa de trabalhar e, em seguida, entraram em confronto direto com os políticos. O vereador Maurício Trindade, que era o primeiro vice-presidente, chegou a brigar com um dos manifestantes e foi agredido. E acredite se quiser, o vereador Sidninho foi mordido no braço no meio da confusão! A Polícia Militar precisou entrar para acalmar os ânimos. Depois desse dia, o vereador Hamilton Assis (PSOL) foi investigado por supostamente ter articulado a invasão, mas meses depois foi inocentado.

Mulher na história: Ivana Bastos na Alba

Enquanto Salvador vivia dias turbulentos, a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) fazia história. Pela primeira vez em seus quase 190 anos, uma mulher assumiu a presidência da Casa: Ivana Bastos (PSD). A eleição dela, que aconteceu em março, veio depois de uma questão na Justiça envolvendo o ex-presidente Adolfo Menezes (PSD).

O começo da gestão de Ivana foi relativamente tranquilo, mas o fim do ano trouxe mais uma dose de tensão. Os deputados da oposição não gostaram dos muitos pedidos de empréstimo feitos pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) e resolveram "trancar" as últimas sessões do ano. Teve sessão que varou a madrugada, algo que não acontecia há muito tempo por lá. Mesmo com a briga, a Alba aprovou as indicações dos deputados federais Otto Filho (PSD) e Josias Gomes (PT) para serem conselheiros no Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA).

Brasília: prisões, perdas de mandato e racha no Planalto

Lá em Brasília, o Congresso Nacional também não teve um ano calmo. Na Câmara dos Deputados, sob a presidência de Hugo Motta (Republicanos-PB), a temperatura subiu. No início de agosto, os parlamentares bolsonaristas fizeram um protesto, impedindo Motta de sentar na cadeira da presidência. Isso aconteceu depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi para prisão domiciliar por não seguir algumas regras da Justiça.

A Câmara também chamou atenção pelas perdas de mandato. Perderam seus cargos, por motivos diferentes, os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por faltas, e Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Carla Zambelli (PL-SP), por condenações do Supremo Tribunal Federal (STF).

No Senado, o clima ficou pesado no final do ano. O presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) entrou em rota de colisão com o governo por conta da indicação de Jorge Messias, advogado-geral da União, para uma vaga no STF. Alcolumbre queria que o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) fosse o escolhido. Como não foi atendido, ele "abriu fogo" contra o Planalto, e a relação terminou o ano bem abalada. Apesar disso, o Senado conseguiu aprovar uma lei importante, a do PL da Dosimetria, que diminui as penas de Bolsonaro e de outras pessoas condenadas na trama golpista.

Apesar de tantos atritos e discussões intensas, o governo Lula conseguiu aprovar pautas importantes no Congresso. Entre elas, estão a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, o avanço na Reforma Tributária, cortes em benefícios fiscais e o aumento das taxas para os "BBB", que são os bancos, as empresas de apostas (bets) e os bilionários. Um ano para não ser esquecido na política brasileira!