A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que ele estava em surto emocional quando tentou violar sua tornozeleira eletrônica. O incidente ocorreu no último sábado, 22, resultando na prisão de Bolsonaro após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A tentativa de rompimento do dispositivo levou à necessidade de troca do equipamento na madrugada seguinte, além de reforçar as suspeitas de que Bolsonaro pretendia fugir do país, uma preocupação ressaltada por Moraes. Nesse cenário, a defesa busca argumentar que o ex-mandatário não tinha intenção de escapar, mas sim estava enfrentando um abalo psicológico.
Bolsonaro admitiu sua tentativa de romper a tornozeleira em uma declaração aos agentes da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal, dizendo: "meti um ferro quente aqui". Ao ser questionado sobre seus motivos, ele afirmou que agiu por "curiosidade".
Aliados do ex-presidente defendem que a ação pode ser atribuída à privação de sono ou a efeitos de medicamentos, a ponto de um deles mencionar que Bolsonaro acreditava que o aparelho poderia estar sob escuta. Para reforçar a tese da defesa, será argumentado que a ação ocorreu na madrugada, horas antes de uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em apoio ao ex-presidente.

