Política

COP30 em Belém discute altos preços da alimentação em evento da ONU

A COP30 em Belém discute a insatisfação com os altos preços da alimentação, semelhante a reclamações de eventos anteriores da ONU.
Por Redação
COP30 em Belém discute altos preços da alimentação em evento da ONU

Almoço na COP30, em Belém, assusta pelo alto preço -

Compartilhe:

A COP30, Conferência das Partes da ONU realizada em Belém, no Pará, gerou debates sobre o alto custo da alimentação, com críticas similares às enfrentadas em edições anteriores. As reclamações sobre os preços "exorbitantes" de lanches e refeições começam a ecoar entre jornalistas e participantes, levantando novamente a questão: a comida cara na COP é um escândalo ou apenas um mito?

As COP são eventos globais abrangentes, que reúnem milhares de delegados, jornalistas e ativistas. Em Dubai, na COP28, os participantes descreveram os menus como "caros, pouco saudáveis e, às vezes, insuficientes". O orçamento diário para alimentação variava entre 80 e 100 dólares americanos, com lanches apresentando preços altos. A COP26, em Glasgow, também recebeu críticas por refeições simples que custavam tanto quanto jantares em restaurantes de luxo.

Em Katowice, durante a COP24, as opções de carne apresentavam impactos mais altos em termos de emissões de carbono do que as vegetarianas, enquanto os preços de lanches básicos ultrapassavam 10 euros. Na atual edição em Belém, itens como uma coxinha a R$ 35 e água a R$ 20 despertaram críticas, levando jornalistas a relatar gastos elevados em comidas simples. Após a repercussão nas redes sociais, os quiosques começaram a ajustar seus preços, indicando uma resposta dos organizadores.

Os altos preços refletem não somente a demanda, mas também os custos operacionais, como instalação e logística. Para se tornarem fornecedores oficiais, as empresas precisam atender a critérios rigorosos estabelecidos pela ONU, que incluem seguros e conformidade com padrões de sustentabilidade. Além disso, custos de transporte, armazenamento e mão de obra especializada em eventos de grande escala aumentam o preço das refeições.

Outro ponto a considerar é a variação de preços entre diferentes áreas do evento. A Blue Zone, destinada a delegados e negociações, tem custos elevados devido à segurança e infraestrutura. Em contrapartida, a Green Zone, aberta ao público, oferece opções de alimentação a preços acessíveis, além de food trucks e stands que permitem refeições mais em conta.

Embora as reclamações sobre a alimentação na COP30 sejam válidas e possam levar a ajustes, elas não configuram uma peculiaridade brasileira, mas sim um padrão observado em eventos internacionais. Para driblar os custos, participantes podem buscar alternativas nas áreas com preços mais acessíveis e aproveitar a oferta de comidas por conta do governo.