Política

Cúpula do Clima em Belém discute fome e pobreza com foco em desigualdades sociais

A Cúpula do Clima em Belém discutiu a interseção entre fome e pobreza, destacando compromissos de 43 países em novembro de 2023.
Por Redação
Cúpula do Clima em Belém discute fome e pobreza com foco em desigualdades sociais

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a fotografia oficial da Cúpula do Clima (COP30). Parque da Cidade – Belém (PA) Foto: Ricardo Stuckert / PR -

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A Cúpula do Clima de Belém, realizada nos dias 6 e 7 de novembro, deixou um legado significativo ao abordar a interseção entre a luta contra a fome, a pobreza e as mudanças climáticas. O evento, que antecedeu a COP30, culminou na assinatura da Declaração de Belém por líderes de 43 países e da União Europeia, integrando a agenda global de sustentabilidade com foco nas desigualdades sociais.

Durante a cúpula, presidida pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, foi destacado o compromisso com a ampliação de sistemas de proteção social, reconhecendo que as mudanças climáticas exacerbam a vulnerabilidade das populações, especialmente em áreas de alta exposição climática. O documento propõe integrar esses sistemas a alertas precoces e resposta a desastres, buscando fortalecer a resiliência em comunidades carentes.

Outro aspecto central da Declaração de Belém é o apoio aos pequenos produtores de alimentos, como agricultores familiares e comunidades indígenas. O documento sugere investimentos em soluções que atendam aos riscos climáticos e apoiem práticas agrícolas sustentáveis, além da expansão do acesso a infraestruturas resilientes.

A cúpula também enfatizou a necessidade de políticas públicas que promovam o desenvolvimento sustentável em áreas de alta cobertura florestal, como a Amazônia. Compromissos foram firmados para desenvolver modelos de agrofloresta que gerem emprego e impulsionem a bioeconomia, juntamente com o apoio à proteção dos direitos territoriais de povos indígenas.

Para garantir a implementação das medidas, a declaração solicita um aumento no financiamento climático, com metas específicas para mobilizar recursos até 2035. A cúpula finalizou com a determinação de promover uma coordenação mais eficaz entre ações humanitárias e climáticas, especialmente em contextos de crise e conflitos, enfatizando a urgência e a necessidade de resultados tangíveis na próxima COP30.