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Crescimento da população idosa faz condomínios senior living se destacarem no Brasil

O aumento da população idosa no Brasil, com crescimento de 52% entre 2010 e 2022, impulsiona a popularidade dos condomínios senior living.
Por Redação
Crescimento da população idosa faz condomínios senior living se destacarem no Brasil

Senior living: o modelo de moradia que promete dominar o mercado antes de 2030 -

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O crescimento acentuado da população idosa no Brasil — com um aumento de 52% entre 2010 e 2022 de pessoas com 60 anos ou mais — está fazendo com que os condomínios voltados para esse público se tornem os imóveis mais desejados do país. O IBGE prevê que em 45 anos, esse grupo representará mais de 35% da população, o que impulsiona a demanda por modelos de moradia que promovam um envelhecimento ativo e comunitário.

O conceito de senior living, já popular na Europa e nos Estados Unidos, oferece uma alternativa às tradicionais Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), com unidades habitacionais para pessoas independentes, somando serviços de saúde, lazer e socialização. A Söderhem, fundada por Daline Hällbom e Beatriz Pons, surge no Brasil para atender essa necessidade, propondo condomínios inspirados na arquitetura nórdica e focados na formação de comunidades. “Queremos um mundo em que envelhecer seja sinônimo de qualidade e de convivência”, afirmou Hällbom.

O primeiro projeto da Söderhem, com previsão de entrega em 2026, já está em negociações. O conceito inclui unidades amplas e ambientes de convivência com o objetivo de enriquecer a experiência de vida dos moradores. Enquanto isso, o LOMA Pedra Branca, em Santa Catarina, é um exemplo concreto desse novo segmento, investindo R$ 70 milhões em 110 unidades exclusivas para pessoas acima de 60 anos, com serviços personalizados para longevidade.

Em São Paulo, o Naara Longevità Residence se destaca por oferecer um padrão elevado de serviços, incluindo atividades de lazer e cuidados médicos, atraindo o público de alta renda. Com unidades avaliadas em R$ 28 mil o metro quadrado, o local visa transformar o ato de envelhecer em uma experiência desejável. Projetos como o Sênior Living by Housi e Vitacon também buscam romper a visão tradicional, focando na independência com suporte.

Iniciativas como o Bioos, em Curitiba, interligam residências sêniores e serviços médico-assistenciais, promovendo o conceito de envelhecer em casa, garantindo segurança e interação social. Para Gabriel Raad, presidente do conselho da Laguna, a estrutura projetada é fundamental para combater o isolamento na terceira idade.

Ainda que o mercado de senior living esteja em ascensão, ele ainda se concentra em clientes de alta renda. O CEO da Brain Inteligência Estratégica, Fábio Tadeu Araújo, acredita que a diversificação de preços poderá tornar esses imóveis mais acessíveis no futuro, favorecendo um crescimento contínuo desse modelo.