A megaoperação deflagrada pela Polícia Civil da Bahia, batizada de Operação Freedom, na terça-feira, 4, gerou comparações com a ação no Rio de Janeiro, onde a Operação Contenção resultou em 121 mortes. O secretário da Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, destacou o volume de apreensões na operação fluminense, enfatizando a prisão de 113 pessoas e a apreensão significativa de armamentos.
Santos ressaltou que a Bahia apreendeu 115 fuzis durante todo o ano, enquanto a operação carioca conseguiu quase esse número em apenas uma ação. "Dentro desse cenário, conseguimos cumprir todos os mandados de busca e apreensão", afirmou o secretário.
Por sua vez, a Operação Freedom teve como objetivo desarticular um núcleo criminoso originado no Rio, atuando especialmente em Salvador e regiões de Ceará. Durante a abordagem, um dos investigados foi baleado e não sobreviveu. Os detidos respondiam por delitos graves, incluindo homicídios e tráfico de drogas.
O secretário da Segurança Pública da Bahia, Marcelo Werner, respondeu às críticas, defendendo que o foco do estado é uma repressão qualificada, pautada por inteligência e integração das forças policiais. "Já são mais de 360 operações realizadas apenas neste ano", destacou Werner.
A Operação Freedom não apenas prendeu integrantes de facções, mas também bloqueou 51 contas bancárias associadas ao crime, com valores significativos. Werner apontou a importância de uma atuação integrada entre diferentes estados e a Federal para combater o crime organizado.
Werner concluiu afirmando a necessidade de cooperação para um enfrentamento efetivo das organizações criminosas que atuam sem fronteiras, afirmando que as dinâmicas da criminalidade exigem uma abordagem colaborativa entre diferentes esferas de segurança pública.

