Polícia

Estudo revela as 10 rodovias mais perigosas do Brasil para viajar

Uma pesquisa da FDC e PRF revela as 10 rodovias federais mais perigosas do Brasil para viajar, com a BR-101 e BR-116 liderando em acidentes e gravidade.
Por Redação
Estudo revela as 10 rodovias mais perigosas do Brasil para viajar

Se pretende viajar, tome cuidado com essas rodovias -

Compartilhe:

A época de festas de fim de ano traz consigo a tradição das viagens, com muitos brasileiros pegando a estrada para aproveitar um tempo de descanso. Contudo, essa liberdade nas rodovias, que cortam nosso país de ponta a ponta, esconde um perigo constante: os acidentes, que infelizmente, muitas vezes acabam em tragédia.

Para alertar os motoristas e mostrar onde o cuidado deve ser redobrado, uma pesquisa recente da Fundação Dom Cabral (FDC), uma reconhecida escola de negócios brasileira, mapeou as dez rodovias federais com o maior número de acidentes entre 2018 e 2024. É um guia importante para quem pega a estrada, especialmente neste período de grande movimento.

Como a pesquisa foi feita?

O estudo da FDC não olhou apenas para o número bruto de acidentes. Ele usou informações cruciais do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) sobre o volume de carros que passam por cada trecho e dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) sobre as ocorrências. A análise considerou apenas os trechos que têm, no mínimo, mil veículos por dia, garantindo que a lista focasse nas rodovias mais movimentadas.

Além de contar os acidentes, a pesquisa também analisou a taxa de gravidade de cada caso. Isso é importante porque estradas mais longas, naturalmente, podem ter mais acidentes. A taxa de gravidade ajuda a entender onde os perigos são maiores, independente do tamanho da rodovia.

As rodovias com mais acidentes no Brasil

Quando o assunto é a quantidade total de acidentes, uma rodovia se destaca na liderança do ranking:

  • BR-101: Com impressionantes 10.353 acidentes em 2024, essa estrada, que é a segunda mais longa do país, cruza municípios como Cruz das Almas e Santo Antônio de Jesus, na Bahia. Muitos trechos da BR-101 sofrem com a falta de conservação ou têm pistas muito estreitas, o que contribui para o alto índice de ocorrências.
  • BR-116: Conhecida popularmente como “Rodovia da Morte”, aparece em segundo lugar com 9.692 acidentes.
  • BR-381: Fecha o pódio das mais perigosas por número de ocorrências, com 2.850 acidentes.

Confira a lista completa das rodovias federais com mais acidentes:

  • BR-101 - 10.353 acidentes
  • BR-116 - 9.692 acidentes
  • BR-381 - 2.850 acidentes
  • BR-153 - 2.369 acidentes
  • BR-163 - 2.074 acidentes
  • BR-262 - 1.628 acidentes
  • BR-364 - 1.555 acidentes
  • BR-376 - 1.545 acidentes
  • BR-277 - 1.471 acidentes
  • BR-230 - 1.443 acidentes

Onde os acidentes são mais graves?

A lista muda um pouco quando o foco são os acidentes mais graves, aqueles que deixam feridos ou, infelizmente, resultam em mortes. A BR-116 e a BR-101 continuam no topo, mas trocam de lugar na liderança.

  • BR-116: Lidera com a maior taxa de severidade (1,26).
  • BR-101: Fica em segundo lugar (1,10).
  • BR-364: Entra no pódio, substituindo a BR-381. Essa rodovia corta o Brasil do Norte ao Sudeste, passando por cidades baianas como Feira de Santana e Jequié.

Veja as rodovias federais mais perigosas em 2024 pela taxa de severidade:

  • BR-116 - 1,26
  • BR-101 - 1,10
  • BR-364 - 0,50
  • BR-153 - 0,49
  • BR-163 - 0,36
  • BR-230 - 0,32
  • BR-070 - 0,31
  • BR-262 - 0,31
  • BR-343 - 0,26
  • BR-470 - 0,25

Quais veículos estão mais envolvidos?

A pesquisa também detalhou os tipos de veículos que mais se envolvem nos acidentes. Dos 358.217 casos analisados:

  • 40,6% (145.436) envolveram carros;
  • 23,3% (83.464) envolveram motocicletas;
  • 16,3% (58.389) envolveram caminhões.

Olhando para os acidentes que resultaram em vítimas feridas (47.897 ocorrências), os carros continuam na frente, responsáveis por 37,6% dos casos, seguidos de perto pelas motocicletas, com 33%.

Quando o recorte é ainda mais triste, focando nas 14.001 mortes registradas, o cenário muda um pouco:

  • Carros estiveram envolvidos em 28,5% dos casos;
  • Motocicletas em 21,5%;
  • Caminhões em 19,5%.

Esses dados reforçam a importância de uma direção defensiva e atenta, independente do veículo ou da rodovia, para garantir a segurança de todos nas estradas brasileiras.