A Força Aérea Brasileira (FAB) está de olho no mercado em busca de um novo avião para o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão de procurar uma aeronave de substituição vem depois de uma série de problemas que o presidente enfrentou com os aviões que usa em suas viagens oficiais desde o ano passado.
As falhas recentes levantaram preocupações sobre a segurança e a pontualidade das agendas presidenciais. Uma aeronave presidencial não é apenas um meio de transporte, mas também um escritório móvel e um símbolo de segurança nacional, exigindo total confiabilidade.
Incidentes com aeronaves presidenciais marcam 2024
Segundo os dados mais recentes da própria FAB, o ano de 2024 foi marcado por alguns sustos. O avião VC-1, conhecido como a principal aeronave presidencial, registrou três problemas. Além dele, o C-105 Amazonas também teve uma ocorrência este ano.
O caso mais recente aconteceu em outubro de 2024. O presidente Lula estava pronto para decolar rumo à Ilha de Marajó, no Pará, quando o avião apresentou uma falha técnica ainda no solo, impedindo a viagem.
Antes disso, em outro episódio marcante também em 2024, o VC-1 teve um problema logo depois de levantar voo do Aeroporto Internacional Felipe Ángeles, perto da Cidade do México. A equipe conseguiu resolver a falha enquanto o avião estava no ar, mas a aeronave precisou voar por cerca de cinco horas para que a situação fosse totalmente controlada, causando um atraso considerável e preocupação.
“Após o incidente [no México], Lula declarou que pretendia adquirir uma nova aeronave para a Presidência, o que ainda não ocorreu.”
Compra de um avião presidencial: um processo demorado
A FAB não está agindo por conta própria; ela é o braço executor do governo federal nesse processo. A busca por um novo avião atende a um pedido da própria Presidência da República, que busca mais segurança e eficiência para as viagens do chefe de estado.
No entanto, comprar um avião desse porte não é como ir à concessionária. O processo é bastante burocrático e pode levar anos para ser finalizado. Isso acontece porque o mercado de aeronaves presidenciais é muito restrito, com poucos fabricantes e modelos disponíveis. Além disso, há uma lista enorme de requisitos técnicos e de segurança específicos que precisam ser cumpridos, o que torna a compra ainda mais complexa e demorada.
A avaliação atual da FAB é o primeiro passo para garantir que o presidente e sua equipe tenham acesso a aeronaves modernas e confiáveis para o cumprimento de suas importantes agendas nacionais e internacionais.