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Google é condenado por monopólio ilegal nos EUA e investigações no Brasil

Google é condenado por monopólio ilegal nos EUA em agosto de 2024, com repercussões também no Brasil devido a práticas abusivas.
Por Redação
Google é condenado por monopólio ilegal nos EUA e investigações no Brasil

O domínio da empresa é evidente: cerca de 89,2 % das buscas gerais e 94,9 % nos smartphones são feitas através dela -

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A gigante da tecnologia, Google, enfrentou um revés significativo em agosto de 2024, quando um juiz federal dos Estados Unidos reconheceu a empresa culpada por violações antitruste relacionadas à manutenção de um monopólio ilegal no setor de pesquisas. O escândalo Google: gigante é condenada por monopólio manipulação surgiu após investigações que revelaram acordos bilionários com fabricantes de smartphones, como a Samsung e a Motorola, além de parcerias com desenvolvedores de navegadores, que garantiram ao Google Search uma posição predominante em praticamente todos os dispositivos.

O juiz Amit Mehta destacou que tais contratos conferem à companhia uma “vantagem significativa e quase invisível” sobre seus concorrentes, sufocando a inovação e a competitividade no mercado. Estatísticas alarmantes evidenciam esse domínio: cerca de 89,2% das buscas gerais e 94,9% das pesquisas em smartphones são feitas através da plataforma do Google.

Embora as medidas corretivas ainda não tenham sido definidas, especula-se que elas possam incluir a proibição de acordos de exclusividade e a venda de ativos estratégicos para restaurar a concorrência. Além das investigações sobre as buscas, o Google também é alvo de críticas por supostamente manipular o mercado de anúncios digitais, onde controla as ferramentas de oferta, demanda e o marketplace, possibilitando favorecer seus produtos à custa de concorrentes e, consequentemente, afetar a receita de publicadores e sites independentes.

No Brasil, a situação não é diferente. A Polícia Federal investiga o Google em relação ao Projeto de Lei das Fake News, apontando que a empresa teria veiculado mensagens contrárias ao projeto em sua página inicial, configurando abuso de poder econômico e publicidade enganosa. Além disso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem mantido condenações contra a empresa por permitir que concorrentes adquirissem marcas de outras empresas como palavras-chave nos anúncios Google Ads, prática que é considerada desleal.

Tais acusações levantam questionamentos sobre a imparcialidade do algoritmo do Google, que supostamente atua de forma neutra mas que, conforme argumentam críticos, pode ser usado para fins monopolistas, gerando impactos negativos em diversos setores, desde pequenos negócios até grandes parceiros comerciais.

O futuro da companhia permanece incerto, enquanto reguladores em várias partes do mundo prosseguem com suas análises sobre as práticas que sustentam o domínio do Google no mercado.