O ex-jogador do Palmeiras, Romário Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, está sendo investigado na Operação Penalidade Máxima, coordenada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO). A nova fase das apurações, que se inicia em São Paulo, foi desencadeada pela análise do celular do atleta, onde foram encontradas evidências de manipulação de resultados, além de possíveis crimes financeiros e negociações ilegais.
Romarinho, que surgiu nas categorias de base do Palmeiras entre 2009 e 2013, não teve uma carreira profissional consolidada, atuando apenas duas vezes pelo time B e passando por várias equipes menores antes de encerrar sua trajetória aos 25 anos. Atualmente com 31, ele já acumula duas condenações que totalizam mais de 22 anos de prisão, ligadas a um esquema de manipulação de resultados durante a Série A do Campeonato Brasileiro de 2022.
As recentes evidências indicam que Romarinho pode ter operado de forma independente da quadrilha principal investigada em Goiás, recrutando outros atletas sem o conhecimento de seus antigos associados. O MPGO repassou informações ao Ministério Público de São Paulo (MPSP), ampliando a investigação sobre as atividades do ex-atacante.
Um dos principais focos dos investigadores é a movimentação financeira em torno da “R11 Car Veículos”, uma loja de carros de luxo de propriedade do ex-jogador. Conversas extraídas do aparelho revelam transações suspeitas relacionadas à compra de veículos, além de possíveis fraudes em documentos para aquisição de eletrônicos e materiais de construção. Há também indícios de negociações de armas realizadas em 2022, possivelmente associadas ao cronograma dos jogos manipulados.
Com base nas evidências reunidas, Romarinho se torna alvo de investigações por crimes como corrupção desportiva, estelionato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

