O problema dos medicamentos falsificados, um sério perigo nas farmácias, tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde e a população. Os remédios ‘fake’ frequentemente são identificados por erros de ortografia nos rótulos, impressões de baixa qualidade e preços muito abaixo do mercado. Esses medicamentos, que não atendem aos padrões de qualidade e segurança exigidos pela legislação, têm consequências graves para a saúde pública.
De acordo com o artigo 273 do Código Penal, a comercialização de medicamentos falsificados pode resultar em penas de 10 a 15 anos de prisão. No entanto, a sensação de impunidade está levando a um aumento dessa prática criminosa. Uma reportagem recente d’A TARDE expôs o contexto alarmante, destacando os riscos que os consumidores desinformados enfrentam, inclusive o risco de morte.
Esses golpes transcendem fronteiras e classes sociais, ocorrendo em nações desenvolvidas e em desenvolvimento. Historicamente, o comércio de remédios falsificados remonta aos primórdios da farmacologia, beneficiando-se da vaidade e da busca por padrões de beleza, como exemplificado com o uso da toxina botulínica, popularmente conhecida como botox. Além disso, homens em busca de aumento de massa muscular frequentemente caem em armadilhas envolvendo esteroides e anabolizantes.
O golpismo no setor farmacêutico movimenta cerca de 11 bilhões de reais por ano, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação. Essa situação exige uma resposta urgente das autoridades para implementar medidas que protejam a saúde da população.
Embora seja impossível quantificar o número exato de vítimas munidas de medicamentos ineficazes, é inegável que tais situações resultam em dor e sofrimento, uma vez que esses produtos, ao não cumprirem sua função terapêutica, favorecem apenas a ganância de criminosos.

