O médico baiano Gabriel Almeida utilizou suas redes sociais nesta sexta-feira, 28, para rebater as acusações que o vinculam à Operação Slim, deflagrada pela Polícia Federal com o intuito de investigar um suposto esquema de fabricação clandestina do medicamento Mounjaro, destinado ao emagrecimento.
Em vídeos postados nos stories do Instagram, onde conta com mais de 750 mil seguidores, Gabriel afirmou ter evidências que respaldam a legalidade da manipulação de Tirzepatida, o princípio ativo do Mounjaro, conforme previsto na legislação brasileira. Ele também responsabilizou uma empresa, sem citar nomes, por fomentar as denúncias que levaram à operação.
“Essa empresa é trilionária. Mas eu não vou só dar opinião, eu vou trazer provas”, declarou.
Gabriel afirmou dispor de documentos que comprovam a legalidade da manipulação, incluindo uma nota técnica da Anvisa e a Lei nº 9.279/1996, que aborda os direitos relacionados à propriedade industrial. Segundo o médico, o artigo 43 da referida lei permite a preparação de medicamentos manipulados sob prescrição médica individualizada.
“Está na lei brasileira que pode, sim. Produto sintético, tirzepatida, pode ser manipulado. Ponto final”, reforçou.
O médico desmentiu também as informações veiculadas na imprensa, que o associaram a práticas ilegais, como a falsificação do Mounjaro e a comercialização de canetas emagrecedoras. Ele esclareceu que, em sua clínica, o que é oferecido é a tirzepatida manipulada de acordo com as necessidades dos pacientes, em conformidade com as diretrizes da vigilância sanitária e com a legislação.
Ainda na defesa, Gabriel negou qualquer tipo de vínculo com farmácias de manipulação, um dos focos da investigação da PF, afirmando nunca ter tido ou ter qualquer relacionamento com estabelecimentos dessa natureza.

