Uma operação da Polícia Federal, realizada na manhã desta quinta-feira, 11, mirou funcionários da Caixa Econômica Federal envolvidos em um esquema de fraudes na Bahia. O grupo criminoso, especializado em falsificação de biometria de idosos, manipulava contas de clientes com mais de 100 anos e alto saldo, resultando em um prejuízo estimado de mais de R$ 1 milhão no estado.
A ação, denominada Operação Mimetismo, cumpriu dois mandados de suspensão do exercício de função pública contra empregados da Caixa e três mandados de busca e apreensão em Belém e Dom Eliseu, no Pará. Além disso, foi ordenado o bloqueio judicial das contas bancárias dos investigados.
A investigação teve origem a partir de uma denúncia da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude (CEFRA), que identificou irregularidades no cadastramento de biometria facial e digital em contas de clientes idosos. As suspeitas aumentaram devido ao padrão das movimentações e ao alto valor sacado em um curto período.
Os criminosos, utilizando pessoas mais jovens disfarçadas como os clientes idosos, realizavam o cadastramento biométrico de forma fraudulenta nas agências da Caixa. Após essa inclusão indevida, saques sequenciais eram efetuados em casas lotéricas, além de transferências e depósitos em contas ligadas ao grupo.
De acordo com a PF, alguns dos envolvidos eram recém-contratados pela instituição financeira, utilizando seu acesso privilegiado aos sistemas internos para viabilizar as fraudes.
Até o momento, cerca de 20 contas fraudulentas de clientes da Bahia foram identificadas, abrangendo agências localizadas em cidades como Guanambi, Salvador, Serrinha e Feira de Santana. O grupo agia de maneira rápida e descentralizada, visando dificultar o rastreamento de suas atividades.
Os suspeitos podem enfrentar acusações de furto mediante fraude, associação criminosa e outros crimes previstos no Código Penal.

