Curiosidades e tecnologia

Produção de carbono de serviços de IA cresce, com ChatGPT liderando emissões

A produção de carbono dos serviços de IA cresce com o ChatGPT e a IEA alerta sobre o aumento do gasto energético em data centers até 2026.
Por Redação
Produção de carbono de serviços de IA cresce, com ChatGPT liderando emissões

ChatGPT lidera entre os softwares de IA, com a maior produção de dióxido de carbono por mês — Foto: Reprodução/Gabriel Pereira

Compartilhe:

Estudos recentes, incluindo uma pesquisa da KnownHost, revelam que a produção de carbono cresce com o avanço dos modelos generativos de IA, resultando em mais de 260.930 quilos de dióxido de carbono gerados mensalmente pelos serviços de Inteligência Artificial. Essa quantidade é comparável a 260 voos entre Nova Iorque e Londres e decorre do intenso processamento necessário para alimentar esses modelos com grandes volumes de dados.

O funcionamento simultâneo de supercomputadores equipados com milhares de GPUs, que podem operar por longos períodos, consome uma quantidade significativa de eletricidade. A Agência Internacional de Energia (IEA) alerta que o gasto energético de data centers, especialmente os que suportam setores como IA e criptomoedas, pode dobrar globalmente até 2026. Em 2022, esses centros consumiram entre 1% e 1,3% da energia do planeta, porcentaje que saltou para 4,4% em 2023, com expectativas de triplicar até 2028.

A ferramenta ChatGPT, com mais de 164 milhões de usuários mensais, é apontada como uma das maiores responsáveis por essa emissão, apesar de apresentar uma média de produção de CO₂ de 1,59g por visualização, um índice inferior a outras ferramentas analisadas. A magnitude do impacto ambiental, no entanto, é cumulativa, dada a vasta base de usuários que interagem com o sistema.

Além da eletricidade, o uso de água para resfriamento dos servidores tem se tornado uma preocupação crescente. Para cada quilowatt-hora de energia consumida, são necessários cerca de dois litros de água em média, o que afeta diretamente o abastecimento e os ecossistemas locais. As grandes empresas de tecnologia prometeram reduzir suas emissões de carbono a zero até 2030, mas ainda há incertezas sobre a efetividade desses compromissos.