A tarde desta terça-feira (16) foi marcada por cenas de revolta popular no bairro de Cajazeiras 5, em Salvador, na Bahia. Um homem, ainda sem a identidade revelada, foi brutalmente espancado por moradores do Condomínio Colina Solar, localizado na Rua Coronel Azevedo. A grave acusação contra ele é de ter estuprado uma criança, o que teria motivado a fúria dos populares.
De acordo com informações iniciais, a agressão começou no início da tarde. Moradores, revoltados com a suspeita do crime hediondo, foram atrás do homem e o agrediram violentamente antes mesmo que a polícia chegasse ao local. É importante lembrar que, embora a revolta seja compreensível diante de um crime tão grave como o estupro de uma criança, a “justiça com as próprias mãos” é ilegal e pode acarretar sérias consequências para os agressores.
Polícia e Samu agem rapidamente
Após a intervenção popular, a Polícia Militar foi acionada. Uma equipe do 22º Batalhão prontamente se dirigiu ao local para atender a ocorrência e controlar a situação. O homem agredido foi rapidamente atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele recebeu os primeiros socorros ainda no condomínio e foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Valéria.
Até o momento, não há informações sobre o estado de saúde do suspeito, mas a agressão foi descrita como brutal. A área do Condomínio Colina Solar foi isolada para garantir a coleta de provas e informações para as investigações futuras.
Polícia Civil investigará duas frentes
Agora, o caso será investigado pela Polícia Civil, que trabalhará em duas frentes de apuração. A primeira, e mais urgente, é a rigorosa investigação sobre a acusação de estupro contra a criança, buscando todos os detalhes e provas para esclarecer o ocorrido e responsabilizar o culpado, caso a denúncia seja confirmada. A segunda frente buscará esclarecer as circunstâncias do linchamento e identificar os envolvidos na agressão, pois, como mencionado, a violência por parte dos populares é um ato ilegal.
Ainda não foram divulgados detalhes sobre a procedência da denúncia de estupro, mas a Polícia Civil deve iniciar os procedimentos para ouvir testemunhas e verificar os fatos o mais rápido possível para que a verdade seja estabelecida e a justiça, cumprida.

