O governo de Donald Trump solicitou esclarecimentos à Coca-Cola após a multinacional patrocinar um evento da Associação Nacional do Ministério Público (Conamp), que incluiu uma palestra do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O evento ocorreu entre os dias 11 e 14 de novembro de 2025, em Brasília.
Desde julho, o ministro Moraes é alvo da Lei Magnitsky, uma legislação que permite a imposição de sanções a indivíduos envolvidos em violações de direitos humanos ou corrupção. Segundo a Casa Branca, empresas que operam nos Estados Unidos podem enfrentar sanções secundárias caso financiem pessoas que estejam sob essa lei.
Em uma nota divulgada na última terça-feira, 25, a Coca-Cola afirmou que mantém uma parceria institucional com a Conamp há vários anos e que apoia ações que incentivam discussões de interesse público. A empresa deixou claro que não participa da programação e da escolha dos palestrantes do evento, os quais são de inteira responsabilidade dos organizadores.
Apesar da defesa da multinacional, a reclamação do governo Trump levanta questões sobre o impacto financeiro e reputacional que a Coca-Cola poderá enfrentar devido à sua associação com eventos e figuras consideradas controversas no cenário político atual.

