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Vale do Jiquiriçá-BA recebe R$ 3,5 bilhões em investimento para terras raras

A Bahia recebe investimento de R$ 3,5 bilhões para explorar terras raras no Vale do Jiquiriçá, visando desenvolvimento sustentável e geração de empregos.
Por Redação
Vale do Jiquiriçá-BA recebe R$ 3,5 bilhões em investimento para terras raras

Minério de terras raras no Vale do Jiquiriçá -

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A Bahia no radar internacional: terras raras do Vale do Jiquiriçá viram alvo de um projeto promissor que pode transformar a economia local. O Vale, que engloba Ubaíra, Jiquiriçá e Mutuípe, desponta como um novo polo na disputa por minerais raros, essenciais para a tecnologia moderna e a economia sustentável.

A Borborema Mineração, subsidiária da australiana Brazilian Rare Earths (BRE), anunciou um investimento significativo de R$ 3,5 bilhões para a produção de concentrados minerais e óxidos de terras raras, com início programado para 2028. Com isso, o governo da Bahia reforça seu compromisso com o desenvolvimento sustentável e a diversificação produtiva da região.

As terras raras, um grupo de 17 elementos químicos, incluindo disprósio e térbio, são vitais para a fabricação de ímãs de alta tecnologia, motores elétricos e turbinas eólicas. Atualmente, a China domina a produção e refino global, e a exploração das reservas brasileiras pode oferecer uma alternativa estratégica em termos de segurança de suprimentos.

O projeto Monte Alto, que integra a iniciativa da Borborema, abrange mais de 1 milhão de acres e prevê duas etapas principais: a primeira focará na produção de concentrados minerais, enquanto a segunda, localizada em Camaçari, ficará responsável pelo refino e separação de óxidos, com um investimento adicional de R$ 3 bilhões.

A execução desse projeto poderá gerar cerca de 2.000 empregos diretos na região, ampliando o impacto econômico local. Além de terras raras, também foram identificados outros minerais estratégicos que podem ser explorados.

O respeito às questões ambientais é uma prioridade, com processos de licenciamento já iniciados. O governo baiano acompanha a implementação do projeto, que visa garantir segurança técnica e ambiental em suas operações.