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Xamã É a Primeira Atração Confirmada em Festival Indígena na Bahia

O cantor Xamã é a primeira atração confirmada do I Festival do Artesanato Baiano Indígena e da Economia Solidária (Fabi), que acontece em Santa Cruz Cabrália, na Bahia.
Por Redação
Xamã É a Primeira Atração Confirmada em Festival Indígena na Bahia

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O cantor e ator Xamã é a primeira grande atração confirmada para o aguardado I Festival do Artesanato Baiano Indígena e da Economia Solidária, carinhosamente chamado de Fabi. Este evento, que promete celebrar e valorizar a rica cultura dos povos originários, vai agitar a Aldeia Indígena Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, na Bahia, entre os dias 6 e 8 de fevereiro.

A presença de um nome como Xamã no Fabi reforça o objetivo do festival de dar visibilidade e impulsionar a economia local e a arte indígena. A iniciativa é vista como um passo importante para quem busca fortalecer a identidade cultural e gerar oportunidades para as comunidades da região. O Secretário do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Augusto Vasconcelos, fez questão de ressaltar a importância da ação para o futuro dos participantes.

“Será um vetor importante na geração de renda, de trabalho, para que nós possamos melhorar as condições de vida das pessoas”, destacou Augusto Vasconcelos, chefe da Setre, mostrando o compromisso do governo com o desenvolvimento social e econômico das comunidades indígenas.

Um Palco Para a Cultura e Economia Indígena

O Festival Fabi nasce com a promessa de ser um marco na valorização da cultura e da economia dos povos originários. Pensado para ser muito mais que um evento, o festival vai oferecer uma série de atividades para todos os gostos e idades, conectando tradição e modernidade. Entre as atrações confirmadas, o público poderá aproveitar:

  • Feira de artesanato ancestral, com produtos feitos à mão.
  • Oficinas formativas para aprender técnicas e saberes indígenas.
  • Exposição fotográfica, revelando o cotidiano e a beleza das aldeias.
  • Painéis com ativistas e lideranças, debatendo temas importantes para os povos indígenas.
  • Cozinha show, com a culinária tradicional da região.
  • Desfile de moda artesanal, exibindo a criatividade e o talento das comunidades.
  • Shows culturais diversos, celebrando a música e a dança.

Um Desafio Coletivo e Simbólico

A construção do Fabi é um trabalho feito a muitas mãos e representa um verdadeiro desafio, como explicou Kâhu Pataxó, presidente da Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia (FINPAT). Para ele, o festival tem a missão de espelhar a grandiosidade dos povos indígenas e fincar sua marca no calendário cultural do estado.

“É necessário construir um evento do tamanho dos povos indígenas da Bahia, demarcar o espaço e fazer com que o Fabi entre no calendário anual”, explicou Kâhu Pataxó, mostrando a ambição e a visão de longo prazo para o festival.

O evento é montado de forma coletiva e acontece em um lugar de grande significado: um território que simboliza a resistência e a ancestralidade dos povos originários. O festival busca valorizar não apenas o artesanato, mas também outros conhecimentos tradicionais importantes, como a medicina e a rica gastronomia local, que contam histórias e mantêm vivas as raízes indígenas.

Apoio Essencial para Empreendedores Indígenas

Para que o Fabi aconteça e beneficie de fato as comunidades, o apoio institucional é fundamental. Wenceslau Júnior, superintendente de Economia Solidária e Cooperativismo da Setre, destacou o papel crucial dos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol) no suporte aos empreendimentos indígenas, especialmente na parte sul da Bahia.

Ele citou o exemplo do Cesol Costa do Descobrimento, que hoje atende 56 empreendimentos indígenas espalhados por cerca de 25 comunidades da região. Esse número impressionante mostra o impacto direto e positivo que essas políticas públicas têm na vida de muitos, ajudando a fortalecer a economia e a autonomia dos povos indígenas.