Imagine um peixe tão perigoso que dois gramas de sua toxina podem ser fatais. O baiacu, um pescado consumido no Brasil e no Japão, carrega essa característica assustadora que deixa muita gente em alerta. Pertencente à família Tetraodontidae, esse animal esconde em seus órgãos internos uma toxina chamada tetrodotoxina, capaz de provocar paralisia muscular e morte por asfixia.
Existem dois tipos principais de baiacu no mercado: o arara e o pintado. O primeiro tem menor toxicidade e pode ser encontrado em mercados de peixe, enquanto o pintado concentra níveis extremamente altos de veneno. Curiosamente, a toxina não é produzida pelo próprio peixe, mas por bactérias presentes em seus órgãos internos, como fígado, ovários e intestinos.
Riscos e cuidados
No Brasil, as intoxicações geralmente acontecem por desconhecimento dos riscos. Especialistas recomendam evitar o consumo, mas caso decida preparar o peixe, é fundamental ter extrema cautela. A vesícula biliar concentra a maior quantidade de tetrodotoxina e pode contaminar toda a carne, exigindo um preparo meticuloso.
Para quem se aventura na culinária do baiacu, a dica de ouro é retirar com muito cuidado todos os órgãos internos, especialmente a vesícula biliar. No Japão, inclusive, existem regulamentações específicas para o preparo seguro desse pescado.
