O ex-presidente Jair Bolsonaro está sob intensa vigilância da Polícia Federal (PF) no Hospital DF Star, em Brasília. Ele foi internado para uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral, que acontecerá nesta quinta-feira, 25 de dezembro. Durante toda a internação, dois agentes da PF se revezam em plantão 24 horas na porta do quarto, seguindo um rigoroso protocolo de segurança.
Regras rígidas do STF para a internação
As medidas de segurança foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelo processo de Bolsonaro. O ex-presidente, que está preso na Superintendência da Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado, só teve sua ida ao hospital e a permanência autorizadas após a definição de regras bem específicas. Entre elas, está a proibição total de celulares, computadores ou qualquer outro aparelho eletrônico dentro do quarto. Fotografias ou gravações de vídeo de qualquer tipo também estão vetadas.
Para garantir ainda mais a privacidade e o isolamento, Bolsonaro deve ficar em uma área separada do hospital, com um desembarque direto pela garagem. Isso evita qualquer exposição pública durante sua estadia na unidade de saúde. A única pessoa autorizada a acompanhá-lo é a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
A internação e o diagnóstico
Jair Bolsonaro, de 70 anos, chegou ao Hospital DF Star na manhã de quarta-feira, 24 de dezembro. Ele saiu da carceragem da PF por volta das 9h30 para realizar a cirurgia. O diagnóstico de hérnia inguinal bilateral foi confirmado recentemente, após uma perícia médica detalhada.
Os advogados de Bolsonaro informaram ao STF que a recuperação da cirurgia deve levar entre cinco e sete dias. Aproveitando o pedido da cirurgia, a defesa do ex-presidente solicitou que sua pena fosse convertida para prisão domiciliar, alegando que sua saúde é frágil. No entanto, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido. Ele manteve a decisão de que Bolsonaro deve continuar em regime fechado e determinou que o ex-presidente retorne imediatamente à Superintendência da PF assim que receber alta médica.

