A preocupação aumenta em Xique-Xique, na Bahia, à medida que se completam 50 dias do desaparecimento de dois caçadores experientes, Antônio Reis de Araújo, de 60 anos, e Ocimar Marques dos Santos, de 58. Os dois homens foram vistos pela última vez em 28 de outubro, quando entraram em uma densa área de mata conhecida como Tocas, deixando seu carro no início de uma trilha. Desde então, uma intensa mobilização de familiares, amigos e forças de segurança não conseguiu trazê-los de volta.
Desaparecimento e as buscas iniciais
Antônio e Ocimar, moradores da região, tinham como destino a área de Tocas, um local que conheciam bem para a caça. No dia 28 de outubro, eles se despediram e seguiram para a mata, sem imaginar que seria a última vez que seriam vistos. Após o período esperado para o retorno e a ausência dos caçadores, as famílias, em desespero, acionaram as autoridades.
Imediatamente, uma força-tarefa se formou. Familiares, amigos, o Corpo de Bombeiros e equipes da Polícia Civil de Xique-Xique começaram as buscas. A esperança era grande, e cada metro quadrado da mata parecia ser crucial.
Vestígios e a pausa nas operações
Durante os primeiros 15 dias de procura, alguns vestígios foram encontrados, renovando as esperanças e indicando que os caçadores podem ter permanecido na mata por algum tempo. Entre os achados estavam:
- Uma cartela de remédios.
- Restos de biscoitos.
- Um tatu morto.
Esses itens sugeriram que Antônio e Ocimar estavam vivos e se alimentando, ou ao menos se abrigando, na região. No entanto, mesmo com esses indícios, o rastro dos homens desapareceu. Após duas semanas de buscas intensas e sem novos vestígios concretos que pudessem levar ao paradeiro dos dois, o Corpo de Bombeiros precisou suspender as operações de campo. A dificuldade do terreno, a vasta extensão da mata e a falta de novas pistas tornaram a continuidade das buscas inviável no momento.
Chuvas atrapalham e investigação segue
Não foram apenas os profissionais que enfrentaram adversidades. Amigos e familiares, que também se dedicavam incansavelmente às buscas, tiveram que pausar suas próprias expedições. As fortes chuvas que caíram na região de Xique-Xique nas últimas semanas prejudicaram as condições da mata, tornando o acesso perigoso e as buscas ainda mais complicadas.
Enquanto as buscas no campo estão paradas, a Polícia Civil de Xique-Xique mantém as investigações ativas. A família registrou oficialmente o desaparecimento na Delegacia Territorial. Na manhã desta sexta-feira, 19, a Polícia Civil informou ao portal A TARDE que as investigações seguem em curso, sem novidades
. A comunidade local e os familiares de Antônio e Ocimar continuam em angústia, aguardando qualquer informação que possa trazer os caçadores de volta para casa.

