Candidatos que foram aprovados no Concurso Nacional Unificado (CNU) estão vivendo um dilema. Apesar de terem conquistado uma vaga em um dos certames mais aguardados do país, muitos ainda esperam ser chamados para assumir seus postos. A principal queixa é a demora para preencher as vagas, mesmo depois que o prazo de matrícula para a segunda chamada dos cursos de formação foi estendido.
Segundo os próprios aprovados, ainda existe um número bem grande de vagas sem ninguém, principalmente para o cargo de analista técnico de políticas sociais (ATPS). Para se ter uma ideia, 64 desses postos estão vazios, o que representa mais de 20% das 293 vagas que foram oferecidas, conforme dados da Enap (Escola Nacional de Administração Pública).
Vagas Vagas e Orçamento Garantido
Quem está na lista de espera não consegue entender o porquê de tanta demora, já que essas vagas que sobraram, segundo eles, já têm orçamento reservado. A cobrança é clara: querem novas convocações. Eles também contam que a comunicação com o Ministério da Gestão e da Inovação (MGI) é difícil e quase não há diálogo. O maior medo é não serem chamados a tempo, pois a validade do concurso, em alguns casos, termina em junho de 2026.
Um dos pontos de discórdia para os candidatos é a forma como o processo está sendo conduzido agora. Eles lembram que, na primeira edição dos cursos de formação, foram feitas várias chamadas seguidas para garantir que todas as vagas fossem preenchidas. Desta vez, porém, só houve uma única chamada. Para os aprovados, isso não só criou uma situação de tratamento desigual, mas também atrapalhou a eficiência de todo o concurso.
A situação não se limita apenas ao cargo de ATPS. Outros cargos importantes, que são considerados estratégicos para o funcionamento da máquina pública, também estão com um baixo preenchimento. Isso preocupa, pois são profissionais essenciais para o desenvolvimento de diversas áreas do governo.
O Que os Candidatos Pedem
Diante desse cenário, os candidatos defendem que o MGI e a Enap precisam agir. A proposta deles é que, em janeiro de 2026, seja feita pelo menos uma nova convocação da lista de espera. O objetivo é duplo: garantir que os cargos essenciais sejam ocupados e evitar que recursos públicos, já investidos na criação dessas vagas, sejam desperdiçados com a expiração do concurso sem o devido preenchimento.
O Concurso Nacional Unificado (CNU) foi uma iniciativa do governo para centralizar e otimizar a seleção de novos servidores públicos, visando preencher milhares de vagas em diversos órgãos federais. A expectativa é grande por parte dos aprovados, que dedicaram tempo e estudo para conseguir sua colocação, e agora aguardam a chance de iniciar suas carreiras no setor público.
As informações sobre a insatisfação dos candidatos foram originalmente divulgadas pelo Metrópoles, e mostram a urgência de uma solução para o impasse que afeta centenas de futuros servidores.

