O presidente da Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores (Conafer) é considerado foragido pela Polícia Federal após não ser encontrado durante a operação Sem Desconto, realizada na última quinta-feira, 13. A prisão de Carlos Lopes foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota, a Conafer informou que Lopes não está foragido, mas sim em uma viagem em área de difícil acesso, garantindo que sua ausência não representa tentativas de evasão ou resistência às autoridades. A confederação ressaltou que o presidente está em processo de retorno e se apresentará assim que tiver acesso aos autos do caso.
Além disso, a entidade destacou que sempre colaborou com as investigações, oferecendo informações e documentos necessários em respeito às normas legais. A Polícia Federal aponta que a Conafer teria operado como uma organização criminosa estruturada, com um núcleo de comando liderado por Lopes, que seria responsável por fraudes e articulação de apoio político.
As investigações revelaram que a confederação mantinha registros de pagamento de propina, direcionados a diretores do INSS e políticos identificados por apelidos. Dos R$ 708,2 milhões repassados pelo INSS à Conafer, cerca de R$ 640 milhões teriam sido desviados para empresas de fachada e contas de operadores financeiros associados ao grupo.
Carlos Lopes preside a Conafer desde 2011 e já enfrentou problemas legais anteriormente, tendo sido preso por falso testemunho durante depoimento à CPMI do INSS, sendo liberado após pagamento de fiança.

