O presidente do Esporte Clube Vitória, Fábio Mota, revelou seu sonho de ser o "último" presidente associativo do clube durante uma entrevista exclusiva ao Portal A TARDE. A declaração foi feita às vésperas das eleições do clube, que ocorrem no próximo sábado, 13, no Barradão, em Salvador, na Bahia. Desde que assumiu a presidência com um mandato interino em 2021 e foi efetivado em 2022, Mota busca a reeleição para continuar seu trabalho até 2028.
Mota fez uma análise da situação atual do futebol no Brasil, enfatizando que a dificuldade para grandes clubes está aumentando. "O futebol hoje está muito caro. Para você mudar de patamar rápido, você precisa de investimento e desde o primeiro dia que assumi o Vitória, a gente vem estruturando para receber um grande investidor", destacou.
O presidente também reconheceu os desafios enfrentados durante sua gestão e o impacto das recentes traições políticas em sua candidatura. De acordo com ele, o movimento Vitória SAF, que lançou um candidato opositor, impactou seus planos e o deixou com a sensação de traição. "Fui traído, uma traição de forma baixa, eles estavam aqui sabendo de tudo que estava acontecendo e de uma hora pra outra lançaram candidato", disse Mota.
No que se refere ao seu desempenho no comando do clube, Mota afirmou ter promovido melhorias significativas, tanto administrativas quanto esportivas, embora reconheça a necessidade de mais investimentos e estrutura para um futuro vitorioso, especialmente para não errar em contratações. Ele avaliou sua gestão na parte administrativa como 9,5 e na área esportiva entre 7 e 7,5.
Além disso, Mota manifestou a importância de eleger os conselheiros de sua chapa, argumentando que a composição desses conselhos é crucial para que projetos futuros do Vitória não sejam obstruídos por questões políticas. Ele comparou a administração do Vitória à Presidência da República, ressaltando que uma boa articulação no Conselhos é essencial para dar seguimento aos projetos aprovados.
Em relação ao futuro, o presidente afirmou que, caso reeleito, trabalhará arduamente para manter a base da equipe e realizar contratações pontuais, com planejamento financeiro prudente. "Farei todos os esforços possíveis e impossíveis para que o ano seja diferente", concluiu Mota.

