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Jair Bolsonaro é preso pela Polícia Federal em Brasília após condenação

Jair Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal em Brasília após condenação por golpe de Estado e tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito.
Por Redação
Jair Bolsonaro é preso pela Polícia Federal em Brasília após condenação

Condenação foi definida em julgamento concluído em 11 de setembro -

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso pela Polícia Federal na manhã deste sábado, 22, em Brasília. A ação ocorreu por volta das 6h, quando agentes da PF se dirigiram ao Condomínio Solar, localizado no Jardim Botânico, para cumprir uma ordem de prisão preventiva emitida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Este movimento ocorreu antes da execução da pena imposta a Bolsonaro no inquérito relacionado ao golpe de Estado.

O ex-presidente, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe e por crimes relacionados, estava desde 4 de agosto cumprindo prisão domiciliar em decorrência do descumprimento de medidas cautelares em um outro processo. No momento, Bolsonaro se encontra na Superintendência da Polícia Federal, onde está hospedado em um espaço reservado para autoridades, dotado de mesa, cadeira e banheiro privativo.

A condenação de Bolsonaro foi definida em um julgamento realizado em 11 de setembro, que concluiu com um placar de 4 votos a 1 a favor da condenação. Os ministros da Primeira Turma do STF consideraram que ele liderou uma organização criminosa armada, tentou abolir o Estado Democrático de Direito de forma violenta e causou danos ao patrimônio da União.

Além da prisão, a inelegibilidade do ex-presidente foi ampliada. Desde junho de 2023, Bolsonaro já não podia concorrer a cargos eletivos, uma punição imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A nova condenação estendeu essa restrição até 2060, afastando-o, na prática, das disputas eleitorais por mais de 30 anos.

Os ministros também analisaram embargos apresentados por outros condenados no esquema golpista, cujas penas variam de 16 a 27 anos. Todos os recursos foram rejeitados, exceto o de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, que iniciou o cumprimento da pena sem a tornozeleira eletrônica.