A família de Thaila Lima da Cruz, de 17 anos, vive um mês de angústia e incerteza. A adolescente desapareceu em São Francisco do Conde, na Bahia, e as buscas pelo seu paradeiro completaram um mês neste domingo, 28 de dezembro, sem nenhuma resposta concreta.
Thaila foi vista pela última vez na noite de 28 de novembro. Ela saiu de sua casa, no distrito de Caípe, em São Francisco do Conde, com destino à cidade vizinha de Candeias, na Bahia, que faz parte da Região Metropolitana de Salvador (RMS). A jovem embarcou em um carro de aplicativo e, chegando em Candeias, desceu do veículo por volta das 20h06. Imagens de segurança registraram o momento em que ela foi recebida por um homem que, segundo as investigações, é conhecido na região pelo apelido de “China”.
Mensagens preocupantes e rastros digitais apagados
Pouco antes de desaparecer, Thaila enviou mensagens alarmantes para suas amigas. Em um dos contatos, ela escreveu:
“Deu red! kkk, tô em um lugar que nem sei onde é, estou perdida”Em linguagem jovem, “deu red” significa que algo deu muito errado, expressando confusão e desespero. Em outro momento, ela teria pedido dinheiro à mãe, o que aumentou a preocupação familiar.
Logo após esses contatos, as redes sociais de Thaila foram desativadas e seu número de telefone foi cancelado, cortando qualquer possibilidade de comunicação com a jovem.
Investigação policial e as linhas de apuração
O caso do desaparecimento de Thaila foi inicialmente registrado na 21ª Delegacia Territorial de São Francisco do Conde na noite de 29 de novembro. No entanto, em 15 de dezembro, as investigações foram transferidas para a 22ª Delegacia Territorial de Candeias, que desde então segue realizando diligências para esclarecer as circunstâncias do sumiço.
No dia 12 de dezembro, o homem conhecido como “China” foi ouvido na Delegacia de São Francisco do Conde e, posteriormente, liberado. Buscando novas pistas, a Polícia Civil solicitou, em 18 de dezembro, a quebra do sigilo telefônico de Thaila. O objetivo é identificar novos contatos e possíveis pessoas envolvidas no caso.
O delegado Mello, que era titular da delegacia de São Francisco do Conde no início das investigações, chegou a expressar preocupação com o tempo passado. Ele considerou duas possibilidades: que Thaila estivesse morta ou sendo mantida em cárcere privado. Mello avaliou que, se ela estivesse viva e quisesse se comunicar, seria simples:
“Se ela estivesse viva, custava fazer ela mandar uma mensagem? Uma ligação dizendo: ‘mãe, estou viva e não quero voltar para casa’? Isso acabaria com o mistério todo”
A Polícia Civil da Bahia, em nota divulgada nesta segunda-feira, 29, ao Portal A TARDE, informou que não poderá divulgar mais detalhes sobre o caso para não atrapalhar o andamento das investigações.
A família de Thaila não se pronunciou publicamente desde então. Quem tiver informações sobre o paradeiro de Thaila Lima da Cruz pode entrar em contato com a polícia pelos números (71) 9 9631-6538 ou (71) 3116-0124. A ajuda da população é fundamental para encontrar a jovem.

