Sites que se assemelham a endereços oficiais podem roubar seus dados, alertam especialistas, especialmente com a Black Friday se aproximando. O golpe, conhecido como typosquatting, ocorre quando cibercriminosos criam páginas falsas com URLs quase idênticas aos de grandes varejistas, alterando apenas uma letra ou domínio. Esse tipo de fraude se torna mais comum quando os consumidores estão apressados em aproveitar as promoções.
Segundo a Veriff, uma empresa de verificação de identidade digital, as tentativas de golpes online aumentam em 22% durante períodos de descontos. Com base em uma pesquisa global, o Brasil ocupa o primeiro lugar em fraudes virtuais, com 40% dos entrevistados relatando prejuízos superiores a US$ 251 (cerca de R$ 1.300), enquanto 5% afirmaram ter perdido mais de US$ 5 mil (mais de R$ 26 mil) em um único ataque.
Os golpes mais comuns envolvem a impersonação de usuários, phishing e a criação de lojas online falsas. Andrea Rozenberg, diretora de mercados emergentes da Veriff, explica que o typosquatting visa enganar consumidores, fazendo-os inserir dados pessoais em páginas fraudulentas. O problema afeta uma em cada 20 verificações de identidade, com o setor de e-commerce sendo particularmente vulnerável.
Para se proteger durante a Black Friday, recomenda-se verificar sempre o endereço do site, acessá-lo através de buscadores confiáveis, observar o cadeado de segurança na barra de endereços e utilizar gerenciadores de senhas que impedem preenchimentos automáticos em sites não reconhecidos. Também é aconselhável desconfiar de ofertas que pareçam absurdas.
As empresas, por sua vez, devem priorizar estratégias de segurança. Aproximadamente 85% dos consumidores esperam reembolso caso sejam vítimas de um golpe, tornando crucial o investimento em segurança digital como forma de preservar a reputação e a confiança do cliente. Rozenberg ressalta a necessidade de uma estratégia de proteção em múltiplas camadas, combinando verificação de identidade, autenticação biométrica e monitoramento contínuo.