Durante a Black Friday, com previsão de movimentar aproximadamente R$ 16 bilhões no varejo baiano, a expectativa de ofertas e descontos atrai consumidores, mas também abre espaço para tentativas de fraudes. Um dos golpes que mais preocupam é o 'golpe da letra trocada', conhecido como 'typosquatting'.
Esse crime quase perfeito acontece quando páginas falsas são criadas com endereços quase idênticos aos de marcas reconhecidas, mudando apenas uma letra ou o domínio. Assim, o consumidor desavisado pode acabar inserindo seus dados pessoais ou informações de pagamento em sites fraudulentos.
Segundo um estudo da Veriff, as tentativas de fraude durante a semana da Black Friday aumentam em média 22%. Entre os métodos mais comuns, além do ‘golpe da letra trocada’, estão promoções com contagem regressiva e o uso de celebridades criadas com inteligência artificial para enganar os consumidores.
Para combater esses golpes, especialistas recomendam algumas práticas. É crucial verificar se o site é oficial, checando a URL e o domínio, preferir acessar as lojas utilizando buscadores confiáveis ou favoritos, evitar cliques em links suspeitos recebidos por e-mail ou mensagens e sempre atentar para a presença do cadeado e do “https” no navegador.
Adicionalmente, a utilização de gerenciadores de senhas e o login via SSO (Single Sign-On) podem minimizar os riscos de fraudes, concentrando a autenticação em provedores oficiais. Com a crescente exigência, 85% dos consumidores esperam ser reembolsados em caso de golpe, o que evidencia a necessidade de as empresas investirem em segurança.
“Adotar uma estratégia de prevenção em múltiplas camadas, com verificação de identidade e monitoramento em tempo real, é essencial para reduzir riscos”, explicou Andrea Rozenberg, diretora de mercados emergentes da Veriff.
As empresas, portanto, devem priorizar essas medidas para não só proteger seus clientes, mas também manter a reputação e a confiança perante o mercado.